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Jogo pelo Buriti

Brasília esperava Bolsonaro jogar toalha para iniciar 2026

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Autor/Imagem:
Preta Abreu - Foto de Arquivo

Assentada a poeira da reeleição presidencial no segundo turno, com Bolsonaro (PL) engolindo goela abaixo a vitória  Lula mesmo 48 horas após proclamado o resultado, Brasília já está de olho em quem será o vencedor do pleito para chegar ao Palácio do Buriti em 2026. Como Ibaneis Rocha (MDB) foi reeleito logo de cara e buscará outros rumos daqui a quatro anos, alguns nomes emergem como candidatos naturais e preferenciais para ocupar a cadeira dele.

O grupo que saiu na frente foi o da aliança Paulo Octávio (PSD) e Luiz Felipe Belmonte (PSC). Afinal, eles encerraram a corrida eleitoral como a terceira maior força política local. E a chapa majoritária começa a ser formada. O  próprio PO deve disputar uma das duas cadeiras no Senado (Leila Barros, PDT e Izalci Lucas, PSDB). E Paula Belmonte (ainda no Cidadania), eleita deputada distrital, para o governo.

A ideia inicial era compor uma chapa quase puro sangue (daquele tipo em que se cortam superficialmente os dedos    e misturam o sangue que corre em suas próprias veias), com André Kubitschek, filho de Paulo Octávio, de vice. Mas, como numa disputa majoritária é preciso unir o maior número possível de aliados, já se avalia outro nome para vice. E essa vaga, ao menos momentaneamente, está em aberto. Pode mesmo ser um representante moderado de centro esquerda, para deixar o alicerce da chapa praticamente indestrutível.

Paulo Octávio e Felipe Belmonte, hoje duas das mais respeitadas raposas políticas da capital da República, resgataram a velha tese, como aqueles que costumam brindar o baixo clero, de que uma campanha eleitoral não se ganha em cima da hora.  Portanto, uma das maiores preocupações, hoje, é aparar arestas com antigos desafetos e traçar o melhor caminho que encorpe e leve o projeto, que deixa de ser embrionário. para ganhar corpo e seguir o caminho da vitória.

A estratégia é simples. Com a tribuna que ocupará na Câmara Legislativa, Paula Belmonte terá uma postura agressiva, surgindo como a mais ferrenha opositora de Ibaneis e a seu grupo político. Paulo Octávio, por sua vez, promoverá mais reuniões do poderoso Lide, entidade que reúne o PIB brasiliense de diferentes matizes, para abordar temas relacionados à emprego, renda e crescimento sustentável, justamente tudo o que o Distrito Federal precisa. Quanto a André Kubitschek, caberá mostrar, a jovens como ele, que há um novo horizonte a ser explorado; que o percurso não é difícil, embora uma ou outra pedra apareçam no meio do caminho.

A manutenção da Aliança PO-Belmonte, confirmada pelo mais bem sucedido empresário de Brasília em conversa com Notibras, não significa que a sucessão será polarizada entre dois grupos. Essas velhas raposas reconhecem que outras forças estão se aglutinando, mesmo admitindo um racha entre o grupo de Ibaneis (Celina, vice do PP, quer a cadeira. O mesmo trono sonhado por Damares Alves e Rafael Prudente (MDB), este, em particular, que teria as bênçãos do governador. Por fim tem o PT e seus aliados PV e PCdoB, unidos numa federação. Se não deu certo com Leandro, pode dar com Éricka Kokay. Mas uma coisa é certa. A história mostra que quem sai na frente na política e no futebol, cruza a linha de chegada no apito final em primeiro. Até porque, zebra é coisa do passado.

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