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Cai a noite, Brasil cai no Mané e povo cai na real na volta para sua casa

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A saída dos torcedores do Estádio Mané Garrincha após a partida entre Brasil e Holanda, que terminou com placar de 3×0 para os europeus, foi tranquila.

Desanimados com o desempenho brasileiro no jogo e querendo garantir lugar em um dos ônibus oferecidos pelo governo do Distrito Federal para o acesso e a saída da arena, muitos foram embora antes do apito final. Para alguns, a derrota para a Alemanha por 7×1 influenciou psicologicamente a equipe.

O militar Pedro Sá, de 42 anos, levou o filho Fabrício, de 4 anos de idade, para ver a seleção brasileira. A dupla, no entanto, deixou o estádio antes do terceiro gol holandês, já descrente em relação a uma possível virada. “Já estava 2×0, e ele é pequenininho”, comentou Pedro, que preferiu evitar o tumulto da saída.

O militar, que comprou os ingressos com antecedência, não imaginava que o Brasil fosse disputar o terceiro lugar. “Foi ruim [o jogo]. Pelo menos foi melhor do que contra a Alemanha.” Apesar de pequeno, Fabrício demonstrou entender o que estava ocorrendo. “O Brasil perdeu, mas em outro dia ganhou”, disse.

Para o analista de sistemas Fernando Magno, de 32 anos, que também saiu antes do fim, a seleção estava apática. “Não estava com gana de vencer. Foi uma despedida melancólica.” Ele acredita que os torcedores fizeram sua parte.

“[A torcida] cantou o hino, apoiou. Isso antes do primeiro gol. Depois do terceiro, todos se levantaram [para ir embora]”, relatou Fernando. Na avaliação do torcedor, a lembrança da goleada da Alemanha afetou os jogadores. “É difícil esquecer para a torcida, imagina para quem joga”. Fernando não acredita que o desempenho do Brasil tenha prejudicado o sucesso da Copa do Mundo. “Foi ótima. Teve jogos ótimos, muito equilibrados”, opinou.

O autônomo Silvério Elias de Melo, de 38 anos, e seu sobrinho, o contador Wagner de Melo, de 29, também concordam que ter perdido para a Alemanha abalou o time. “Eles estavam pesados devido à derrota”, disse Wagner. “Faltou o Neymar. Ele carrega o time”, acrescentou Silvério.

Na avaliação de ambos, a ida ao estádio compensou, mesmo com o time brasileiro derrotado. “Assistir a um jogo da Copa é uma diversão, uma experiência que a gente não tem todo dia”, completou Silvério. Ele acompanhou três jogos no Mané Garrinha. Wagner compareceu a todas as partidas realizadas em Brasília.

Mariana Branco, ABr
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