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Triscou, rodou

Câmbio manual tem dias contados nos carros zero

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque, Edição

Você já reparou que os últimos lançamentos do mercado são modelos com câmbio automático. A tendência, portanto, é que os carros novos com pedal de embreagem sejam raridade, segundo estudo canadense. O maior motivo para a aceleração na mudança? As novas tecnologias embarcadas.

Essa previsão é do relatório do Automotive News Canada, que afirma que o sistema de frenagem automática de emergência, em especial, será o responsável por “matar” o câmbio manual. Tal tecnologia reúne outros recursos de segurança ativa, cada vez mais presentes em modelos na faixa dos R$ 100 mil. E isso pode acabar de vez com os veículos manuais.

Segundo o estudo, esse tipo de câmbio simplesmente não funciona ou funciona parcialmente com tecnologias semiautônomas como essas. A mecânica dos sistemas com frenagem automática com transmissão automática é muito menos complexa do que em veículos com transmissão manual, aponta o texto da publicação canadense.

Como fica no Brasil
No momento em que o sistema de frenagem automática for obrigatório nos carros novos, é provável que a troca de marchas deixe de fazer parte do cotidiano dos motoristas. Contudo, é improvável que essa determinação venha a acontecer no Brasil a curto ou médio prazos.

Por aqui, todos os veículos novos adotariam o controle eletrônico de estabilidade (ESC) a partir de 2022. Entretanto, tendo como justificativa a pandemia, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou a obrigatoriedade do equipamento para 2024, a pedido das montadoras.

Nesse sentido, alguns modelos veteranos estavam próximos de sair de linha por causa da incompatibilidade ou do alto custo em implementar o recurso. Contudo, com o adiamento da obrigatoriedade do ESC, podem seguir à venda por mais algum tempo. Essa lista tem populares como o Fiat Uno, a dupla Volkswagen Gol e Voyage, e o Chevrolet Joy, antigo Onix.

Ou seja, estes veteranos concentram a demanda pelo câmbio manual. E os modelos mais modernos, em sua maioria, são vendidos com transmissões automáticas. Isso acaba por se refletir nos preços. Tal como já foi dito, não há mais carros para PCD (Pessoas com Deficiência), porque não há mais automáticos abaixo de R$ 70 mil.

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