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Candidatos jovens apostam em redes sociais para ganhar eleitores

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Em busca de um eleitorado jovem e muitas vezes pouco entusiasmado com a política tradicional, jovens candidatos a deputado nas eleições de 2014 estão usando ferramentas como o WhatsApp e o Facebook como arma, embora a eficácia da estratégia não seja consenso entre eleitores ouvidos pela BBC Brasil nas redes sociais.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, há 379 candidatos a deputado federal entre 20 e 29 anos e 938 candidatos a deputado estadual nessa mesma faixa etária. Eles representam cerca de 6% do total de postulantes às Câmaras estaduais e federal. A idade mínima para disputar o cargo de deputado é de 21 anos na data da posse.

A BBC Brasil conversou com candidatos de diferentes partidos que estão entre os mais jovens na disputa de outubro para entender como eles dialogam com potenciais eleitores.

“A gente percebe que mudou a forma de fazer campanha. O jovem não dialoga com candidato de placa”, diz Caio Pinheiro, 23 anos, que participou de movimentos estudantis, rurais e sindicais e agora é candidato a deputado estadual no Acre pelo PT.

Ele conversa com eleitores via Facebook e WhatsApp. “Pela internet dá para atingir o jovem da zona rural, que já tem acesso às redes sociais. Assim dialogamos com os índios e com os eleitores aos quais não podemos chegar.”

Com os índios, diz, a conversa é sobretudo pelo Facebook, que pode ser acessado de computadores (já que muitos vivem em áreas em que o sinal de celular precário). O WhatsApp permite ao candidato dialogar com grupos militantes ou com “tribos” mais específicas – por exemplo, os que curtem esportes.

Essa comunicação é feita geralmente com fotos ilustradas com textos muito curtos e, obviamente, com uma hashtag ligada ao seu universo (#maiseducação e #universidadeestadualjá, por exemplo). “Eles costumam ter preguiça de ler”, diz.

Mas o mais difícil, diz ele, é vencer a resistência dos eleitores. “O jovem não diferencia mais a política da politicagem”, lamenta. “Eles não querem promessas, querem ser ouvidos.”

Essa desconfiança também se reflete na opinião de leitores da BBC Brasil que foram convidados a opinar no Facebook sobre o uso de ferramentas online em campanhas. A leitora Luciana Maria, por exemplo, diz que bloquearia qualquer abordagem de políticos. Já o leitor Mauro Saccenti, por outro lado, reclama que muitas vezes o diálogo direto com candidatos nas redes sociais não é permitido.

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