Curta nossa página


Osasco

Carrefour fecha as portas em ato contra a morte de cachorro de rua

Publicado

Autor/Imagem:
Ana Paula Niederauer

O Carrefour Osasco fechou as portas neste sábado, 8, por causa de uma manifestação agendada para o local, em repúdio pela morte da cadela “Manchinha” após ser agredida por um segurança da loja, no último dia 30. O estacionamento foi liberado para os manifestantes.

Em um ato convocado nas redes sociais, mais de 12 mil pessoas haviam sinalizado que pretendem comparecer e 55 mil demonstraram interesse. O convite para o protesto pedia às pessoas que durante o evento utilizassem uma peça de roupa na cor preta, e levassem balões, flores e velas, em sinal de luto contra a morte do animal.

Em nota o Carrefour informou que se reuniu com diversas ONGs e entidades que atuam com a causa animal, ouvindo suas solicitações e recomendações para a construção de iniciativas em prol da causa.

Dentre as ações anunciadas estão: a revisão dos procedimentos internos para lidar com animais abandonados no entorno das lojas; revisão dos treinamentos de colaboradores, parceiros e prestadores de serviço; ampliação das feiras de adoção de animais em todo o país; reaparelhamento do Centro de Controle de Zoonoses de Osasco (SP), para que possam desempenhar suas funções da melhor forma possível; criação do ‘Carrefour Pet Day’, a ser realizado anualmente no dia 28 de novembro, data da morte da cachorrinha, quando apoiará com recursos entidades de acolhimento e defesa animal.

No texto, a companhia disse que seguirá em contato com essas entidades para o desenvolvimento de novas iniciativas em prol da causa animal. O Carrefour afirmou que a empresa está colaborando com as autoridades para que o caso seja elucidado o mais rápido possível e que não vão se eximir da responsabilidade.

Na quinta-feira, 6, o segurança acusado de agredir e causar a morte do cachorro confessou à polícia ter golpeado o animal com uma barra metálica, mas se disse arrependido. Em depoimento prestado na Delegacia do Meio Ambiente, ele afirmou que não percebeu que havia ferido o animal e só teria se dado conta quando viu o sangue no chão. Também disse ter buscado ajuda e ligado para o Centro de Zoonoses do seu celular pessoal.

O segurança foi indiciado pelo artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, por praticar abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais. A pena prevista é de 3 meses a 1 ano de prisão, além de multa, que pode ser aumentada em até um terço por causa da morte. Ele vai responder em liberdade, porque o crime é considerado de baixo potencial ofensivo.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que o caso ainda é investigado. “Policiais analisam imagens de câmeras de segurança do local e colhem oitivas de testemunhas, como a veterinária do Centro de Zoonoses de Osasco, que atendeu o animal, e o segurança do estabelecimento, porém mais detalhes não podem ser passados para não atrapalhar as investigações.”

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.