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Atos bolsonaristas

Centrão empurra pra cova, mas não se joga junto

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Autor/Imagem:
João Zisman - Foto de Arquivo

Passa um pouco das 18 horas em Brasília, nesta segunda-feira que antecede o 7 de Setembro. No momento, o que se ouve é que o Centrão começa a estabelecer uma distância regulamentar em relação as sandices do Bolsonaro. A terça-feira poderá ser o marco para selar de uma vez por todas a independência do “bloco” em relação ao presidente da República. Afinal de contas, os parlamentares do Centrão têm esposas, filhos, mães, pais, amigos e pessoas que convivem diariamente com eles em suas casas, cidades e estados; e com certeza nunca deram uma carta branca para o apoio irrestrito a Jair Bolsonaro.

Haverá gente nas ruas? Sim, certamente. Será uma multidão suficiente para dizer que o Brasil é Bolsonaro? Definitivamente não. Porém, a edição das imagens será realizada para favorecer a percepção de que o homem que orienta comprar fuzil ao invés de feijão seja o cara. A milícia digital bolsonarista faria inveja a Goebbels, o desumano ministro da Propaganda Nazista. Vão tentar provar a todo custo que a mentira, se bem contada, pode virar verdade. Não conseguirão. A tarefa é, no mínimo, sobrenatural.

Lembram daquela distância regulamentar que falei logo no início desse texto? A medida da sua extensão será percebida logo após a saída da deputada Flávia Arruda (PL-DF) do cargo de ministra da Secretaria de Governo. A partir desse iminente fato, o Centrão intensificará, de maneira nem tão discreta, as conversas com Lula. Em política, pode haver até muito choro na despedida, mas ninguém se enterra junto com o morto.

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