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Tática de confundir o picadeiro

Chacrinha ressuscita em Brasília com a frágil folha de quebranto

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu - Foto de Arquivo

A política, independente de qualquer vertente, necessita da beleza. Na verdade, necessita da buniteza, como diria um bom mineiro.
Você pode ser de esquerda; pode ser de direita; pode ser de situação ou oposição, mas seus atos na política não podem ser geridos pela deslealdade e pela feiura.

Por quê? Porque na política o objetivo é o poder e a manutenção dele. Com inverdades, falcatruas e falsidades, nós não construímos aliados verdadeiros. Sim, você pode até chegar lá, mas não vai se manter nele.

Culpa da soberba. E você vai acabar de novo não vendo o sol nascer naquela forma arredonda, iluminando um novo dia. Para você, a visão será de um sol quadrado, com grades em primeiro plano.

Perde, assim, tudo. Por quê? Porque quem tem o defeito de não aprender, não se emenda, não se corrige. Virou um político insosso, dos que nem nas mãos de um chef renomado, exala aroma de confiança.

Você  parou no tempo, que envelheceu e estacionou. Cassado, excomungado, lançado na lama da corrupção. Pensa, erroneamente, que sabe fazer política, campo no qual já foi cacique, mas que hoje se resume a disparar flechas envenenadas aleatoriamente.

Você voltar a fazer política é mera ilusão. Desde que engasgou-se com toneladas de panetone num operação espúria, fraudulenta, morreu para o mundo político. É assim que eleitores, antes fiéis, o avaliam.

Gente como você só sabe engambelar. Isso já não é mais política. Ou não deveria ser. Você vai fazer Chacrinha se remexer no túmulo, por ter se apropriado indevidamente da quem agiu, jocosamente, para confundir.

Tal qual uma caixa de Pandora, os males são liberados por quem não sabe se conter ante desejos individuais. O pensar no público, no bem dos outros só nasce no coração de quem realmente acredita nas virtudes do ser humano.

Quem acredita nas mazelas sempre aposta no lado pior das pessoas. Você mente e promete mundos e fundos para todos. Mas saiba – ainda há tempo para aprender  que a cobrança é pior que a promessa.

Tentar ressuscitar Chacrinha, só para confundir o tabuleiro político que se transforma, com sua presença, em um picadeiro, tem sido seu maior erro.

Você não tem um pássaro nas mãos. E os dois que pretendia abraçar, voaram para longe para não cair no seu alçapão. O conselho de correligionários sérios, que não o Simão, o Gordo, é para que você não caia numa arapuca. Os panetones rendem uma gorda renda vitalícia. Se insistir, Pandora será novamente aberta.  Fechado nela a sete chaves, você morrerá de tédio, no ostracismo em que afunda cada vez mais.

Sai dessa, folha de quebranto. Ou apodreça de vez. Porque uma suposta influência maléfica de feitiço, por encantamento a distância, deixou de existir. O povo tem memória. E não se engasga com pão mofado recheado de passas podres.

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