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Cuca aberta

Chegou o novo ano. E o que aprendemos com o velho?

Publicado

Autor/Imagem:
Joel Rennó

Festas de final do ano costumam ser alegres e efusivas. Mas temos também momentos de reflexão sobre os rumos de nossa existência e cabe a nós decidir o que fazer para enxergar o limite da nossa vida e consequentemente enquanto houver tempo mudar os caminhos errados que nos causam angústia ou destroem o lado emocional das pessoas com as quais vivemos ou nos comunicamos.

Sinto que determinadas pessoas se acham eternas e invulneráveis a doenças e tragédias, olhando até com espanto ou menosprezo o sofrimento e a desgraça alheia. Essa falta de empatia com o sofrimento do outro além de ser algo narcisista (em alguns contextos é claro) reflete a imaturidade, egoísmo e insensibilidade de alguns.

Nas Redes Sociais, notamos a superficialidade de alguns internautas que cultuam de forma obsessiva aparência, dinheiro, poder e outros valores como se fossem eternos negando a todo custo o limite da vida e a sua essência. Esquecem-se de cultivar laços familiares e de amizades verdadeiros e de notar a beleza da felicidade que se encontra nas coisas mais simples como um diálogo ou contato com a natureza. Alguns se acham os donos da verdade e ignoram agressivamente o sentimento alheio, vítimas de seus próprios egos. Custamos a aprender com nossos próprios sofrimentos e também com os dos outros.

Hoje vivemos nos meios digitais a era da indelicadeza e da falta de educação. Poucos na internet têm mensagens positivas e verdadeiras e realmente se preocupam com o bem estar dos seus semelhantes. O importante, mesmo que de forma áspera e rude, é cada um provar que a sua própria verdade é a única que existe e a do outro nada vale.

A negação da morte é um fato comum entre nós e só quando passamos por situações difíceis como alguma doença grave é que a levamos em consideração. É um aprendizado que mais cedo ou mais tarde fará parte da existência de todos os seres humanos, inclusive daqueles que se acham superiores aos demais.

Nessas horas de dor só nos resta entender que viver o presente é vital. Temos que saber nos render às situações difíceis da vida, nem sempre estamos no comando de tudo e acreditem: isso é motivo de alívio e conforto, para alguns até de felicidade nas encruzilhadas da vida.

Sempre deve haver uma preocupação de não passar a existência sem um propósito definido. Acredito que nossas profissões precisam também estar a serviço de benefícios sociais. Essa história de sempre fazer o tipo racional e imparcial não funciona o tempo todo jamais. Não é incomum os grandes profissionais torcerem pelo desenvolvimento e sucesso pessoal e profissional das pessoas com as quais convivem. Já os medíocres só se preocupam com a destruição da carreira do outro e nem passam adiante seus conhecimentos.

Por fim, o que falamos ao outro tem um poder enorme, com consequências positivas ou negativas. Portanto, é fundamental que tenhamos sensibilidade e responsabilidade principalmente nas Redes Sociais para não machucar e até gerar traumas irreversíveis nas outras pessoas.

Que tal mudarmos de verdade em 2020? Brindemos à vida, nosso maior presente.

Feliz Ano Novo!

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