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Alerta britânico

China emerge do caos e vê resto do mundo sufocado

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Bartô Granja, Edição

Passada a turbulência provocada pela pandemia do novo coronavírus, o governo britânico deve fechar as portas para muitas das iniciativas dos chineses nas áreas do comércio, da ciência e da tecnologia. Também deve ser reduzido o acesso da China às pesquisas de alta tecnologia e às indústrias.

Essas medidas constam de relatório reservado do MI-5, serviço de espionagem interna da Inglaterra e o MI-6, de contra-espionagem internacional e foram tornadas públicas neste domingo, 12, pelo jornal Guardian, de Londres.

Especificamente, as agências desejam que o as autoridades do Reino Unido avaliem formas de restringir a capacidade da China de comprar empresas britânicas de alta tecnologia, reduzir o acesso dos estudantes chineses à pesquisa nas universidades do país e tomar outras medidas semelhantes.

Segundo o jornal, o MI-5 e o MI-6 também temem que a China se torne “mais assertiva” ao defender seu modelo político e econômico quando a pandemia terminar.

O relatório citado pelo Guardian resume as medidas que precisam ser tomadas para proteger “as jóias da coroa” da tecnologia, pesquisa e inovação britânicas, inclusive nos campos de comunicações digitais e Inteligência Artificial.

As áreas de inteligência e contra-espionagem da Inglaterra lembram que a China, que se tornou o primeiro país do mundo a fechar amplas áreas de sua economia no início deste ano, quando a crise da Covid-19 se transformou em uma pandemia, dá sinais de plena recuperação econômica enquanto o resto do mundo só agora enfrenta os piores momentos com o vírus que surgiu em uma província chinesa.

O serviço de inteligência da Inglaterra lembra que na semana passada o departamento de estatística da China informou que a atividade industrial atingiu 52 pontos em março, acima de 35,7 em fevereiro. O MI-5 observou, a propósito, que qualquer coisa abaixo de 50 na escala indica uma recessão.

Na mesma semana a China também informou que 96,6% de suas grandes e médias empresas estão de volta ao trabalho, contra apenas 17,7% em fevereiro. Além disso, os chineses deixaram de ser o foco da Covid.

Embora tenha uma população estimada em 1 bilhão 400 milhões de habitantes, a China não tem mais casos confirmados do vírus e contou oficialmente com apenas 3 mil 300 mortos desde que a Covid surgiu em Huan, em dezembro último.

Na Europa e no resto do mundo, o quadro econômico parece menos otimista. A maioria dos países mantém a economia travada e os casos da doença continuam aumentando e matando mais gente.

França e Alemanha, assim como Itália e Espanha, relataram um colapso dramático na atividade econômica, e o PMI de serviços compostos e de fabricação caiu de 51,6 em fevereiro para 29,7 em março. O Reino Unido registrou uma queda semelhante, de 53,2 para 34,5 durante esse período. A mesma situação se repete nos Estados Unidos.

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