Curta nossa página


Perigo no céu

Ciência dá novo passo para conter asteroides

Publicado

Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram um “mapa preciso” para ajudar a determinar o melhor curso de ação se um asteroide ameaçar colidir com o planeta Terra.

Os pesquisadores descreveram seu método como um “ataque preventivo” em oposição a um “desvio de última hora”. A pesquisa foi publicada na revista Acta Astronáutica.

A equipe do MIT afirma que um projétil que desvia um objeto via impacto, é o único método atualmente disponível que pode ter alguma chance de sucesso.

O mapa calcula a massa, o momento, a trajetória e o tempo antes de uma colisão iminente, determinando o melhor método para lidar com um asteroide que se aproxime do planeta.

Os autores do estudo enfatizam a importância de considerar a proximidade do que é conhecido como “buraco da fechadura gravitacional” – a região estreita que uma vez passou por um asteroide, o coloca em rota de colisão com a Terra.

“Um buraco de fechadura é como uma porta – uma vez aberto, o asteroide afetará a Terra logo depois, com alta probabilidade”, afirma o principal autor do estudo Sung Wook Paek.

Segundo os cientistas, na maioria dos métodos de deflexão, as pequenas mudanças de curso resultariam em alterações de velocidade de alguns milímetros ou centímetros por segundo, portanto a detecção precoce é essencial para garantir o sucesso.

Juntamente com seus colegas, o cientista aplicou seu mapa de decisão em dois asteroides próximos à Terra: Bennu e Apophis. A escolha recaiu sobre esses dois, já que a localização de seus orifícios gravitacionais em relação à Terra é conhecida pela ciência.

Três missões alternativas foram testadas através de simulações. Uma envolvia um pêndulo cinético interrompendo o caminho de um astro que se aproximava , para alterar sua trilha.

Outro envolveu o envio de um “batedor” antes do projétil, para medir o asteroide e aconselhar os cientistas sobre que tipo de projétil recorrer.

Finalmente, um terceiro pressupunha enviar dois “batedores” para empurrar o asteroide um pouco fora do curso antes que o projétil fosse disparado.

De acordo com os cálculos da equipe, seria possível aplicar a terceira missão a Apophis se os cientistas tivessem cinco anos de aviso prévio antes que passasse pelo “buraco da fechadura gravitacional”.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.