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Panos quentes

Ciro e Alckmin batem, e Mourão afaga Bolsonaro

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Frases do tipo ‘Bolsonaro é um grande idiota’ e que comanda ‘um PT invertido’ foram ditas neste fim de semana nos Estados Unidos por Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), candidatos derrotados nas eleições de outubro pelo próprio Jair Bolsonaro. A platéia era formada por participantes do Brazil Conference, promovido pela Universidade de Harvard.

Logo depois, porém, o vice-presidente Hamilton Mourão, convidado especial do evento, soltou a voz para o mesmo público. “Bolsonaro e eu atuamos juntos; um complementa o outro’, afirmou o general. ‘Não há sequelas e trabalhamos com o mesmo objetivo, de colocar o Brasil na vanguarda mundial’.

O vice desfez, com suas declarações, um clima alimentado pela corrente olavista (seguidores de Olavo de Carvalho) que atua em diferentes áreas do governo tentando provocar cizânia entre o capitão e o general. Mourão rechaçou a ideia de que age como contraponto a Bolsonaro. ‘Não destoo do governo; pensamos e agimos juntos’, garantiu.

Além de participar do evento em Harvard, o vice-presidente tem uma agenda cheia nos Estados Unidos, onde fica até a próxima terça, 9.  Um dos encontros, já realizado, foi com Mangabeira Unger, conhecido como ideólogo dos governos do PT e muito próximo de Ciro Gomes.

Com o ex-estrategista petista, Mourão conversou sobre o futuro da economia em um mundo em constante movimento. “A produção industrial começa a atingir seu limite e o conhecimento passa a ser algo que vale muito dinheiro”, sublinhou o vice-presidente.

Mourão não citou nomes, mas parece identificar grupos ligados a Olavo de Carvalho como autores de ataques e geradores de crise. Nos últimos dias o ‘guru’ de Bolsonaro, que mora nos Estados Unios, tem usado as redes sociais para atacar o próprio Mourão e outros generais que compõem a equipe do Palácio do Planalto.

Antes de retornar ao Brasil, o general Mourão vai estar reunido em Washington com Mike Pence, vice de Donald Trump. A agenda não foi revelada, mas é dado como certo que a situação da Venezuela, onde Nicolás Maduro enfrenta uma crise sem precedentes, estará na pauta.

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