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Carnaval

Como conciliar folia e cuidados com o cachorro

Publicado

Autor/Imagem:
Luiza Cervenka de Assis

Está chegando o feriado mais agitado do ano, o Carnaval! Os brasileiros já estão em contagem regressiva e fazendo os preparativos para curtir a maior festa do país. Há quem prefira aproveitar de longe, reservando os dias de folga para viajar e descansar. Também há os mais animados e que preferem a folia. Mas, o que fazer com os animais de estimação durante este período? Quais cuidados não podem ser esquecidos?

O Carnaval por si só já é um período agitado e toda essa movimentação, certamente, interfere na rotina do pet. Seja porque o tutor vai viajar, por conta do barulho excessivo ou até pelo calor, o ideal é manter o animal em local seguro, fresco e longe de tanta agitação. Mas, se isso não for possível, é importante ficar atento a algumas recomendações para assegurar seu bem-estar.

Evite expor o pet ao sol entre às 10h e 16hs. Fique atento ao piso quente, que pode queimar as patas e causar sofrimento aos pets. Evite passeios no asfalto e areia que, geralmente, estão quentes nesta época do ano. Independente da programação, leve uma garrafinha de água fresca e ofereça com frequência ao animal. Molhar a barriga e patinhas também ajuda a refrescar. Desta forma, você evitará a hipertermia; Procure, ao máximo, não tirar o pet de sua rotina. Mantenha os horários de alimentação e garanta um período de descanso adequado para ele.

Outro detalhe: passear com o pet em um local cheio de pessoas e outros animais pode ser uma experiência que cause medo em seu bichinho. Por isso, é sempre imprescindível o uso de guia para evitar brigas e coleira com identificação para o caso de fugas inesperadas. Cuidado com o som alto. Os pets, especialmente os cães, tem uma audição muito apurada. Por isso, o som que pode não estar muito alto para nós, pode estar absurdamente incômodo para eles.

Por isso, evite que o animal fique muito próximo às caixas de som, afinal, o que não falta é música no período de Carnaval; Caso vestir o pet com algum adereço, procure peças confortáveis e de tecidos leves, que não tapem os olhos, não dificultem a locomoção e nem sejam apertadas ou quentes. Tenha cuidado com peças que se soltam com facilidade, como botões e laços. Eles podem ser engolidos pelos pets.

Também vale lembrar que não é recomendado tingir o pelo do animal. Isso pode causar irritação, alergias ou até mesmo intoxicação grave na pele do pet; o barulho, o calor e a movimentação de pessoas podem incomodá-lo. Fique atento ao comportamento do seu animal e procure um Médico Veterinário sempre que perceber uma reação ou comportamento estranho.

No período de Carnaval, é cada vez mais comum que os foliões queiram levar seus animais de estimação aos eventos, como festas e blocos de rua. A decisão, no entanto, pode custar o bem-estar e até a saúde do peludo. Isso porque os ambientes em que os eventos ocorrem somam fatores como som muito alto, aglomeração de pessoas, temperaturas elevadas, entre outros.

“O som alto, tanto da música quanto o gerado pela multidão, pode incomodar e muito o seu cão, gerando ansiedade e estresse”, afirma a médica-veterinária Carolina Filippos, que integra a Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

No que diz respeito ao público, os tutores devem lembrar que blocos e festas de Carnaval com frequência têm aglomerações, o que também é motivo de alerta para a segurança do pet. A médica-veterinária argumenta que, na ocorrência de alguma movimentação diferente, há o risco de o animal ser pisoteado. “É necessário, ainda, observar a temperatura ambiente e o tempo de caminhada”, enfatiza Carolina.

Ela explica que calor, sol e esforço em excesso podem ser muito prejudiciais, especialmente aos animais braquicefálicos – cuja anatomia do focinho é curta, como ocorre com os Bulldogs, Shih-Tzus e Boxers –, que possuem uma respiração mais delicada. Essa exposição pode causar o “Heat Stroke” (insolação), assim como a temperatura do asfalto provocar queimaduras nos coxins (almofadinhas das patas).

Carolina ressalta também que a quantidade de resíduos descartada pelas pessoas no chão, como latas, vidros, plásticos e restos de alimentos, representam propensão a acidentes. “Eles podem pisar e se ferirem, além do risco de comerem algo que foi descartado e terem problemas gastrointestinais.”

Para quem mora perto de regiões em que são realizadas festas, também é possível que os peludos se sintam incomodados, com medo ou agitação, principalmente em decorrência dos ruídos altos. A dica é organizar um ambiente aconchegante ao animal, preferencialmente em um espaço da casa em que ele demonstre se sentir mais confortável e protegido. As caminhas mais acolchoadas, bem como os cobertores do pet, podem ajudar nesse sentido.

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