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Fila de espera

Covid só acaba quando vacinação chegar a jovens

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

A aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid, independente da origem (se russa, chinesa, europeia, norte-americana ou cubana) não é sinônimo de salvo-conduto para a volta à normalidade. O fim da pandemia, avaliam especialistas, só poderá ser atestado quando a vacinação chegar à faixa etária dos adolescentes. Até que isso aconteça, máscara facial e álcool em gel no bolso continuarão em moda.

No caso do Brasil, apesar de somente a vacina da Pfizer ter autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ser aplicada em menores de 18 anos, a expectativa é de que, com novos testes, outros imunizantes recebam a liberação da Anvisa. De olho nos problemas causados pela pandemia, Eduardo Paes, prefeito do Rio, prevê aplicar a vacina em adolescentes a partir de setembro.

A importância de se vacinar esse público jovem foi enfatizada por Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, em entrevista à CNN.  “Essa vacinação é importante para aumentar o esquema vacinal e reduzir a transmissão do vírus”, afirmou, acentuando que, assim como ocorre em outros países, ao terminar a imunização por idade, é fundamental que os adolescentes sejam incluídos no calendário para receberem as doses.

“Claro que a vacinação em crianças só será realizada após os grupos de maior risco, não é uma prioridade, por isso está sendo feita por idade decrescente. Mas é relevante para diminuir a disseminação do vírus. Provavelmente outros imunizantes irão pelo mesmo caminho da Pfizer, fazendo testes com essa população. Acredito que, em breve, com a evolução dos estudos, até as pessoas abaixo dos 12 anos poderão ser vacinadas contra Covid”, afirmou Chebabo.

Por sua vez, o infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini, pesquisador da PUC-Rio, considera que o público mais jovem tende a ter uma maior resposta imune diante da vacinação. “A vacina funciona de forma igual em adultos e adolescentes, sendo que, quando ficamos mais velhos, nosso sistema imune tende a envelhecer, desta maneira, a resposta imune se torna um pouco menor”, explica.

No entendimento desses dois especialistas, as contraindicações para os imunizantes são as mesmas para todas as faixas etárias. Eles também lembram que, para serem autorizadas, todas as vacinas necessitam de testes que comprovem a segurança e eficácia no grupo para qual serão indicadas.

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