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Chegando nos culpados

CPI deixa presidente da Braskem entre a cruz e a espada

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Sonja Tavares, Edição, com Agência Senado - Foto Geraldo Magela

A CPI da Braskem aprovou oito convocações para depoimentos sobre os danos ambientais causados em Maceió pela extração mineral pela empresa petroquímica Braskem. Uma das oitivas será com o diretor presidente da empresa, Roberto Bischoff.

A votação dos requerimentos ocorreu com a retomada da reunião da véspera, que foi suspensa pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Com as convocações, serão obrigadas a depor na CPI, além de Roberto Bischoff, as seguintes pessoas:

1. Marcelo Arantes, diretor de comunicação da Braskem;
2. Thales Sampaio, coordenador dos estudos da antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais;
3. Mauro Henrique Moreira Sousa, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração;
4. José Geraldo Marques, pós-doutor em meio ambiente e vítima da evacuação dos bairros atingidos;
5. Abel Galindo Marques, engenheiro civil e professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas;
6. Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas;
7. Wolnei Wolff Barreiros, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Danos em Maceió
A extração do mineral sal-gema ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana. Desde 2018, os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto, entre outros que ficam próximos às operações da Braskem, vêm registrando danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e crateras.

Mais de 14 mil imóveis foram afetados e condenados. As atividades de extração foram encerradas em 2019, mas os danos persistem, afetando milhares de pessoas.

CPI
A CPI foi criada pelo requerimento do senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora Braskem no afundamento do solo em Maceió.

Com 11 membros titulares e sete suplentes, a comissão tem até o dia 22 de maio para funcionar e limite de gastos de R$ 120 mil.

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