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Medo de quê?

CPI do Terrorismo vira fantasma que assusta Buriti

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu - Foto Reprodução/CLDF

A Câmara Legislativa viveu na quinta, 2, mais um dia em vão para a instalação da CPI criada para investigar os atos terroristas que abalaram Brasília nos dias 12 e dezembro e 8 de janeiro últimos. O clima entre os deputados da base governista é de medo. Eles, maioria no colegiado, querem ser os protagonistas, deixando a oposição a ver navios.

O que se observou ontem (2), data limite para a definição dos cargos, foi o temor generalizado de que o pavio de pólvora aceso que fez a cidade explodir num caos aponte para o Palácio do Buriti. A CPI anda a passos e tartaruga centenária, sem forças para carregar seu próprio casco. E por mais reuniões que aconteçam, seus sete membros (cinco da base governista e dois da oposição) não chegam ao cerne da questão: quem fará o quê.

Ao fim do segundo dia de debates para eleger o presidente, o vice e o relator da CPI, deu-se com os burros n’água. Os aliados da governadora-tampão Celina Leão (PP), querem ocupar as três funções. É um desejo nunca antes visto em toda a histórica política, daqui e além-mar. Mesmo porque, CPI sempre foi coisa de opositores, notadamente para investigar atos do governo.

O que se tem observado é uma crescente tensão. O rolo compressor do Palácio do Buriti quer esmagar Chico Vigilante (PT) e Fábio Félix (Psol), integrantes da CPI pelo lado da oposição. Os dois sentem que por trás de tudo isso há uma guerra fraticida para silenciá-los. Chico ameaça renunciar à sua indicação. Fábio deve seguir o mesmo rumo. São deputados, afirmam, e não pizzaiolos.

Se tudo acabar em pizza, as atenções ficarão voltadas não apenas par o Ministério Público, mas para a própria Polícia Federal, com poderes de investigar ações do Palácio do Buriti, uma vez que se trata de danos ao patrimônio da União. Admitida essa possibilidade, o tom será elevado. E um verdadeiro cenário de safári deve instalar-se em Brasília para caçar leoas e hienas.

A terça-feira, 7 – ou seja, um mês após o terror bolsonarista tomar Brasília de assalto –  é a data limite para se chegar a um acordo. Até lá, porém, pode surgir uma novidade capaz de abalar os pilares do Palácio do Buriti. É que um grupo de oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros avalia emitir uma nota conjunta, dando nomes aos vaqueiros que manobraram o gado. É, por ora, apenas uma expectativa. Mas, a se confirmar, a leoa vai ser pisoteada por coturnos pesados.

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