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Jogo sujo do Planalto

De Hitler a Lula, ‘mitismo’ pode trair Bolsonaro

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Autor/Imagem:
General Paulo Chagas

Caros amigos,

Um projeto consequente de governo deve excluir radicalismos e agregar, unir e somar adeptos, isto é, buscar a utopia de um governo de todos e para todos, sem perder o foco dos seus compromissos e sem fazer concessões aos maus hábitos e aos mal acostumados.

A eleição é uma competição, tem regras próprias. Regras de combate que são diversas das que deverão ser usadas para governar. Para eleger-se, o candidato usa, na justa medida e de acordo com a oportunidade, estratégias construtivas, destrutivas e denuncistas.

Com o advento das mídias sociais, da profissionalização dos chamados blogueiros (jornalistas amadores, frustrados ou excluídos do meio por suas convicções e propostas) e da expansão dos recursos desse novo meio de comunicação, somados ao descrédito da grande mídia tradicional (comprada e dependente de recursos públicos), esses novos instrumentos assumiram um grande protagonismo e conquistaram um enorme poder de influenciação sobre a opinião pública, podendo interferir, como interferiram, no resultado das eleições.

Vencida a contenda, parte dos operadores desses instrumentos que apoiaram Jair Bolsonaro participou do processo de ocupação do poder democraticamente conquistado, acomodou-se em cargos comissionados, envolveu e blindou a seu modo o Presidente, afastou “ameaças” às suas ambições, como Gustavo Bebianno, Carlos Alberto dos Santos Cruz e outros, e, rapidamente, transformou-se em algo semelhante ao famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), da Ditadura Vargas, tendo como objetivos, entre outros, organizar e dirigir o programa de difusão do governo, controlar, centralizar, orientar e coordenar a propaganda oficial em torno da figura do Presidente para, através do populismo, promover o culto à sua personalidade.

Seu sucesso depende da manutenção e do empoderamento de uma ilusão baseada na mitomania, nos mesmos moldes do processo que fez de Lula da Silva uma fantasia e que tenta, agora, apresentá-lo como como um canalha do bem!

Este grupo, inebriado pela proximidade com o poder e imaginando que de lá não mais sairá, comporta-se como uma Gestapo, uma máfia hipócrita que, hoje, assassina a reputação de quem assume o risco da lealdade e dela diverge e que, amanhã, estará em guerra consigo mesma pela primazia do domínio da área, desprezando o valor maior que o motivou a participar de campanha vitoriosa que tinha por objetivo um Brasil definitivamente melhor e acima de tudo!

São apenas divagações sobre uma realidade que deveria fazer a todos pensar e meditar. A soberba e a ambição exacerbada nos estão dividindo. De onde terá vindo esta inspiração destrutiva?

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