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Buscando o Poder

De política a milícia, 2020 terá de tudo muito

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Autor/Imagem:
Paulo Cannabrava Filho/Diálogos do Sul

A não percepção da realidade de que estamos em guerra tem levado os políticos a cometerem erros absurdos que só favorecem a continuidade do governo de ocupação que está liquidando a soberania do país.

A guerra definida como extensão da política por outros meios tornou-se razão de ser da própria política. É uma guerra sob todos os aspectos:

•Guerra militar — uma operação de inteligência preparada com muita antecedência levou os militares de volta ao poder, porém, com maior presença do que em todas às vezes anteriores em que deram golpe e assumiram o poder. Agregue-se a isso a formação de milícias armadas como sustentação paralela ao governo de ocupação. As forças armadas atuando como tropa pretoriana do Império estadunidense e pactuando com a ocupação territorial em Alcântara ou nas manobras conjuntas.

•Guerra econômica — operação de desestabilização da economia — com atuação de conhecidos assassinos econômicos implantaram a ditadura do capital financeiro, aprofundaram a ocupação dos centros de decisão econômica e promoveram a desestatização e desnacionalização do parque industrial e o saqueio das riquezas naturais. A caminho do caos promovem a desmontagem do Estado com alienação dos meios estatais de produção e das riquezas naturais, paralelamente à livre entrada das grandes corporações transnacionais comprando ou fusionando empresas. Cabe considerar neste aspecto a entrega da Amazônia ao latifúndio predador e o abandono do conceito de soberania nacional;

•Guerra psico-social — transformaram os meios de comunicação de massa em verdadeiros porta-vozes do pensamento único neoliberal, infiltraram universidades e fizeram campanhas de aterrorização da opinião pública agitando as falsas bandeiras do perigo comunista. A dominação pelo medo. A mídia pactuando com a ocupação e entrega da soberania.

•Guerra cultural — nesse aspecto, além das campanhas de descrédito dos intelectuais e desvalorização dos artistas e produtores de arte, introduziram o componente religioso, criando verdadeiros exércitos de seguidores de uma teologia da prosperidade que tem o dinheiro como deus supremo.

•Ciberguerra — ensaiaram o uso das redes sociais para manipular as consciências nas favelas do Rio de Janeiro e logo, com participação de grandes empresas e de associações patronais, manipularam as eleições de 2018 e continuam utilizando as ciber milícias.

•Guerra de Libertação — contra todas essas guerras, a guerra de libertação a única guerra legítima. Para tornar possível e vitoriosa essa guerra tem que haver antes uma revolução cultural, que liberte a sociedade da servidão intelectual. Revolução cultural que coloque todas as crianças em escola de tempo integral e com visão crítica e criativa da realidade.

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