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Delação premiada da Lava Jato vai devolver 500 milhões de propinas pagas na Petrobras

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Os acordos de delação premiada e colaboração formalizados entre o Ministério Público Federal e os réus da operação Lava jato devem promover o resgate de ao menos R$ 500 milhões aos cofres públicos. Desse meio bilhão de reais, grande parte deve voltar para a própria Petrobras, de onde teria saído o dinheiro para pagar propina.

Esse é o maior já devolvido aos cofres públicos na história do País. O montante corresponde a 11 vezes tudo o que já foi ressarcido desde 2004, quando o Ministério da Justiça criou um órgão específico para tratar da recuperação de ativos.

Nessa conta não entra o quanto os políticas a quem o esquema beneficiava teriam recebido de propina. Segundo o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, a maior parte do dinheiro desviado era dividida entre três partidos políticos: PT, PP e PMDB. O PT ficava com até 3% do valor dos contratos de obras superfaturadas.

Costa prometeu devolver cerca de R$ 70 milhões – ele vai renunciar aos valores mantidos em contas bancárias e investimentos no exterior em seu nome e de familiares que totalizam US$ 25,8 milhões. O doleiro Alberto Youssef, considerado peça central do esquema de corrupção, se comprometeu a devolver aproximadamente R$ 55 milhões. Tais acordos foram feitos para diminuir o tempo de pena a qual eles serão condenados.

Além deles, o executivo Júlio Camargo – que agia em nome da Toyo Setal, empresa que tem contratos bilionários com a Petrobras – se comprometeu a devolver R$ 40 milhões. O empresário Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, também da Toyo Setal, também fez acordo, mas ainda não se sabe o valor de ressarcimento que ele negociou. Os demais valores e acordos ainda não foram divulgados.

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