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Dilma insiste com Bendine e Petrobras fica no olho do furacão

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A presidente Dilma Rousseff optou pela solução de continuarem, ela e o PT, mandando diretamente na Petrobras. Nada na petroleira será decidido sem o seu aval. E também continuar blindando o governo do escândalo de corrupção que atinge a estatal.

Por isso que Dilma escolheu um pau mandado para presidir a Petrobras, Aldemir Bendine. Ele, na presidência do Banco do Brasil, tem histórias de subserviência à própria presidente, ao ex –presidente Lula e caciques do PT. Além disso, tem o agravante de Bendine apresentar uma folha corrida nada recomendável.

Há passagens delituosas que impediriam qualquer empresário contratá-lo para trabalhar na sua empresa, mesmo de pequeno porte. Contra Bendini o Tribunal de Contas da União abriu dois procedimentos para apurar empréstimos concedidos pelo Banco do Brasil à empresa da apresentadora de TV Val Marchiori, sem apresentação das devidas garantias. O Ministério Público também investiga a operação, pedindo à Policia Federal a abertura de inquérito sobre o assunto.

Ao deixar de colocar na presidência da Petrobras um executivo independente, de expressão nacional, com currículo de competência e honestidade, faltaram à presidente Dilma as qualidades e visão de estadista, o discernimento de séria governante, no sentido de querer o melhor para seu país. Era isso que esperava toda sociedade brasileira.

Consultas chegaram a ser feitas, e não foram levadas avante porque os possíveis convidados impuseram condições. Entre elas a de não aceitarem a interferência do Palácio do Planalto e de políticos na condução dos trabalhos para recuperar e sanear a empresa, antes, orgulho nacional. Resumindo, queriam carta branca. Foram, porém, descartados pela presidente que, para surpresa até de seus ministros e assessores, anunciou Aldemir Bendine para suceder Graça Foster.

Resultado: a estatal vai continuar chafurdada na lama.

A decisão de Dilma contrariou ministros, a cúpula do PT, o ex-presidente Lula, dividiu o Conselho de Administração, desagradou o mercado financeiro. As ações da empresa caíram nas bolsas de São Paulo e Nova Iorque.

Dos 10 membros do Conselho de Administração, três votaram contra a indicação de Bendine e cinco diretores interinos da empresa. Entre os sete votos favoráveis estavam os ex-ministros petistas Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Cláudio Coletti

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