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Eleição no Sinpol

Direita e esquerda voltam a se enfrentar no DF; agora, os policiais civis

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Carolina Paiva - Foto Marcus Baptista

Os policiais civis de Brasília nunca correram tanto como nos últimos dias. Agora, além de caçar bandidos – que são muitos na capital da República -, eles miram um novo alvo: o comando do poderoso sindicato da categoria. A eleição para o Sinpol será na sexta-feira, 17. Caso as urnas não apontem um vencedor com maioria de votos, haverá um segundo turno no dia 31. Sete chapas estão na disputa. Dessas, seis representam ideologias mais de centro à extrema direita. Apenas uma é reconhecidamente de oposição.

Ninguém espera uma batalha do bem contra o mal, mas uma disputa entre esquerda e direita. Se o PT de Lula perdeu para o bolsonarismo do Distrito Federal no pleito de outubro – embora tenha vencido a nível nacional -. a hora de dar o troco é agora. Como a direita está fragmentada, há quem aposte que haverá segundo turno. E a Chapa 50, que tem o apoio declarado das deputadas Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, e de Érika Kokay, do PT brasiliense, fica na expectativa de saber quem enfrentará no dia 31.

Nesta quarta, 15, Notibras sentou-se em torno de uma mesa para um café com Daniel Barros e Inara Amorim, que encabeçam a Chapa 50. Ele, presidente; ela, vice. Os dois são pragmáticos: “Nosso primeiro objetivo é trazer de volta a isonomia com a Polícia Federal, concedida nos dois primeiros governos Lula”. Esse é o item número 1 da pauta, garantem, com a credibilidade de quem tem uma relação estreita com o Palácio do Planalto. E não é para menos. Até porque, o agente Daniel participou da equipe de transição, compondo o grupo de trabalho da Área de Segurança Pública, Justiça e Cidadania do então eleito presidente Lula.

– Podemos garantir que temos interlocução direta como Governo Federal, o que será determinante para o atendimento de demandas históricas do policial civil do Distrito Federal, que estão totalmente pre4carizadas”, afirma o cabeça da chapa 50. “Esse é nosso lema; interlocução e luta”, acrescenta Daniel Barros.

Já Inara Amorim, única mulher que se apresenta como vice entre as sete chapas, acrescenta que o grupo que eles representam tem o compromisso formal de buscar a isonomia salarial para o pessoal da ativa e os aposentados. E isso, enfatiza, não foi manifestado em momento algum pela atual diretoria (que tenta a reeleição). “Temos consciência da necessidade de unirmos os policiais da ativa e os aposentados. Afinal, quem trabalha hoje, um dia estará de pijama (ou camisola) e não pode sentir no bolso as consequências do descaso de quem oferece vantagens apenas para um lado”.

Voltando ao tema das portas abertas na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, particularmente do Congresso e Planalto, Daniel lembra que isso será possível, pois além dele, outro integrante da Equipe de Transição, o policial civil Luiz Flávio, também está com a Chapa 50. “Vamos lutar, se necessário brigar incansavelmente, para defender os direitos da categoria e tirar a Polícia Civil do caos em que se encontra”, acentua o candidato.

Por fim, Daniel Barros e Inara Amorim fizeram coro de outros compromissos de luta da Chapa 50: solução para o endividamento da categoria; definição do vínculo jurídico da Polícia Civil com o Governo Federal; reestruturação em carreira única; combate ao assédio moral e sexual dentro da categoria; e, ainda, federalização da Segurança Pública, com subordinação direta ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

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