Artesão amarra e mata crianças queimadas por dívida de 500 reais
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emUm artesão de 21 anos assumiu ter amarrado e queimado dois irmãos – um menino de 9 e uma adolescente de 13 – em uma casa da QNM 7, em Ceilândia. De acordo com a Polícia Civil, o homem disse que cometeu o crime porque as vítimas gritaram quando ele invadiu a residência para levar um notebook, um tablet e uma máquina fotográfica como forma de pagamento de uma dívida de R$ 500 feita pelo irmão mais velho delas.
Os corpos do garoto e da adolescente foram encontrados carbonizados na tarde de segunda, e o suspeito foi localizado por volta das 19h. O homem usou cadeiras para barrar a saída dos quartos em que as vítimas foram colocadas e ateou fogo na casa. A polícia disse que o rapaz admitiu o que fez e não demonstrou arrependimento ao depor.
“Ele confessou o crime, não chorou, não se emocionou. Apenas narrou o que aconteceu”, relatou o delegado Johnson Kenedy Monteiro, responsável pelo caso.
Na versão apresentada à polícia, o suspeito afirmou que teria vendido, alguns dias antes, peças de artesanato ao irmão mais velho das vítimas. No fim de semana, o homem contou que havia cobrado do cliente o valor dos produtos, e ouviu que deveria ir à casa da família na segunda-feira, para receber parte da dívida.
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O artesão foi à residência, como combinado, e lá recebeu R$ 100 do irmão mais velho do menino e da menina. Pouco depois, voltou ao local e tocou a campainha, encontrando as crianças sozinhas. Ele disse que tinha voltado porque tinha esquecido algo e queria buscar.
Quando o homem falou que levaria um notebook para saldar a dívida, as crianças começaram a gritar. Então, o suspeito diz que levou a menina para um quarto e amarrou as mãos dela com um fio de telefone. Depois, levou o menino para outro quarto e o amarrou com um pedaço de lençol rasgado.
O jovem decidiu, então, escorar cadeiras nas portas dos quartos para impedir que as crianças saíssem e botar fogo na residência. Saindo de lá, ele ainda encontrou a mãe delas na rua, que o cumprimentou.
A Polícia Civil informou que o suspeito não tinha antecedentes criminais. Ele vai responder por duplo latrocínio e pode pegar até 60 anos de prisão.