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Câmbio e drogas

Doleiros se escondem temendo operação da Polícia Federal

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Divulgação

Ainda tem muito doleiro escondido, em endereços incertos e não sabidos, temendo uma operação da Polícia Federal para reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) que resultam em operações de câmbio ilegais e evasão de divisas. Os alvos são oito pessoas físicas e quatro jurídicas.

As investigações que resultaram na Operação Dollaro Bucato II começaram depois de informações obtidas após cumprimento de mandados judiciais pela PF em 2019 e 2021, na Operação Dollaro Bucato I.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em em Campinas (SP), seis na capital paulista, um em Santo André (SP), um em Itapira (SP) e três em Goiânia. Os doleiros de Brasília preferiram adotar cautela, temendo ser os novos alvos.

A partir da análise de documentos e dispositivos eletrônicos foi possível constatar milhares de operações financeiras efetivadas por pessoas físicas e jurídicas direcionadas a remessas não autorizadas de capital para o exterior, principalmente para o continente asiático.

“As operações envolviam movimentação de moeda no estrangeiro por meio do processo conhecido como dólar-cabo, além de câmbio de moeda em território nacional, uso de empresas de fachada, operações de importações fictícias e direcionamento de capital para empresa que comercializa criptoativos”, disse a PF.

As movimentações atípicas foram percebidas em diversas regiões do país. O montante movimentado superou R$ 1 bilhão, em dois anos. Pelo menos R$ 230 milhões passaram por contas de pessoas jurídicas que aparentam ser de fachada, por não terem atividade operacional e com capital social incompatível com os valores movimentados.

A PF acredita que os valores movimentados para o exterior sejam provenientes de pirâmides financeiras, descaminho, contrabando e tráfico de drogas.

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