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Edinho parte para o ataque contra delação da Gutierrez e aponta mentira escandalosa

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Rachel Gamarski

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, afirmou neste sábado, 9, por meio de nota, que tem sido “injustamente acusado de articular um conluio envolvendo obras e contratos do governo federal”.

O ministro argumenta que, segundo os vazamentos seletivos de uma suposta delação premiada do empresário Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, propinas teriam financiado a campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff em 2014.

“Esta alegação é uma mentira escandalosa e me causa extrema indignação e perplexidade”, justifica.

O ministro reforçou ainda que assumiu o governo em 2015 e que jamais trabalhou junto a outras esferas da União e disse que a acusação de que ele teria atuado como “articulador de um conluio envolvendo obras e contratos do governo federal” é “descabida e grosseira”. “É uma invenção vazada seletivamente a partir de uma suposta delação premiada, que tem o único objetivo de atingir a presidenta Dilma e interferir no processo de impeachment em andamento”, disse.

De acordo com a nota, o ministro irá interpelar legalmente, para posteriores ações judiciais, o empresário responsável por essa inverdade, para que ele responda às perguntas. Ainda na nota, Edinho critica a imprensa e diz que esses questionamentos a “imprensa brasileira não faz”.

Edinho, que foi coordenador financeiro da campanha Dilma-Temer em 2014, assumiu a tarefa em julho daquele ano, enquanto a operação Lava Jato já estava em pleno andamento. “Minha missão foi ‘blindar’ a campanha de qualquer fato que estivesse vinculado às denúncias. Assim o fiz. Por isso, garanto que nenhuma investigação vai encontrar algo que desabone a minha conduta e, por consequência, atinja a campanha da chapa Dilma-Temer”, garante.

Segundo nota divulgada pelo ministro, ele fará as seguintes perguntas na interpelação judicial: “A que planilha se refere o delator, sendo que não a conheço e nunca a vi? Com quais empresas eu teria feito a suposta combinação de doações em articulação com a Andrade Gutierrez? Com quais empresários eu teria combinado a doação no valor de R$ 100 milhões cada? Quando e onde?”.

Ele garante ainda que não haverá resposta a essas perguntas “pelo simples fato de que nada disso existiu”. O ministro da Secom diz acreditar no Poder Judiciário Brasileiro e afirma que a legislação brasileira não é manipulável e que o ônus da prova ainda cabe a quem acusa, ou a quem divulga acusação mentirosa.

“Sinto-me profundamente atingido pelas mentiras que têm sido divulgadas por essa suposta delação premiada. É lamentável que estejamos vivendo em um País onde a verdade tem tão pouco valor, em que a honra das pessoas seja atingida como se nada valesse”, afirma.

O ministro classificou como “lamentável” que processos de investigação sejam utilizados para a luta político-partidária, e que as delações premiadas, “que deveriam ser um valioso instrumento de investigação, tenham se tornado espaços de mentiras e manipulações”. E disse que, no caso da Andrade Gutierrez, “chega às raias da hipocrisia”.

Em nota, Edinho reafirma que esteve reunido com o empresário Otávio Azevedo, em Brasília, como relata a suposta delação, a seu pedido. “O empresário se locomoveu por livre e espontânea vontade até o comitê de campanha, na capital, e definiu os valores doados pela empresa, bem como datas para depósitos bancários. Otávio Azevedo jamais mencionou contratos e obras do governo federal, tampouco fez menção às doações como resultado de vantagens de propinas”, defende-se.

Sobre as doações da campanha, Edinho diz que elas foram declaradas à Justiça Eleitoral e os valores mostram que a campanha Dilma-Temer recebeu, inclusive, um valor inferior ao doado ao candidato adversário no segundo turno, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Essa é a verdade. O restante é uma tentativa escandalosa de criminalizar doações legais que seguiram as regras e normas da legislação brasileira”, afirma Edinho.

estadao

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