Naquela tarde a confusão começou cedo: “Zefa, vamos de rabada hoje?” “Pare Astolfo: você nunca me enrabou!” “Não… falo do rabo da vaca” “Tais loco? Deixa...
O astro desperta com fulgor na pele, uma coroa de ouro repousa sobre a alvorada, enquanto a guardiã da noite, em prata serena, o contempla em...
Hoje não tem conto “O contista e a lombriga” ou outras brincadeirinhas. É só agradecimento. Há mais de um ano, Notibras publicou, no recém-criado Café Literário,...
Entremundos, entrelivros [ Abro pausas, intervalos ] Para um ínterim de histórias À meia-luz Com uma trilha de fundo Descanso corpo & mente, que passeiam i-n-c-a-n-s-a-l-v-e-m-e-n-t-e...
Vago num deserto sem fim meus pés afundam em cinzas universais divido o meu tempo com baratas e escorpiões apenas baratas e escorpiões A pele me...
Sempre fui um leitor onívoro. Romances, contos, crônicas, poesias, reportagens e artigos de jornal, anúncios, bulas de remédio – o que vier eu traço. E Notibras,...
Dizem que o Rock ‘n’ Roll é invenção do diabo. A se considerar todo o enredo de tragédias que permeia a história do gênero e inúmeros...
Eu vi uma linda mulher de doces fragrâncias perfumada, correndo pelos campos perfumando a madrugada. Correu tanto que logo orvalhou-se de suores matinais e então passou...
No início do ano escrevi uma pequena crônica elegendo o Ornitorrinco como personagem central: “Cara Estranho!”. Pesquisando na internet hoje, encontrei o segundo personagem: “Cara Estanho...
Escrevo porque há tempestades que só se acalmam em papel, porque há mares dentro de mim que não sabem ser silêncio. Cada dia sem palavras é...
Sexta-feira, 19h A Voz do Brasil no rádio E eu aqui No consultório lotado A última da fila Nesta sala apertada Ó, céus. E agora? Haja...
Um gigante e um colibri, um leitor e uma menção Pra fazer feliz a quem se chama Muita alma pra falar é dar tempo pra sonhar...
Sou fragrância que nasce da terra molhada, quando o céu derrama segredos em forma de chuva. Sou acorde sutil entre nuvens e silêncio, gota que desliza...
Ela estava morrendo de fome. Pior, seus dois filhotes estavam morrendo de fome. Por isso, fez algo que geralmente evitava: aproximar-se do reduto dos homens. Não...
Visto-me de palavras. Manuseio as mais belas – as desmedidas. Para encompridar afetos. ( in Cantiga de inventar belezas) “ÁGUA, PEDRA, FLOR” é o novo livro...
Das voltas que o mundo dá Minha galera já foi: do cinema, do voluntariado, dos títulos por aí afora, e da poesia, é claro Esta última,...
“Ah! Os gatos são amigos fiéis…criaturas superiores e honestas: não suportam humanos.” 1 O salão central era um labirinto. Duas rampas sobrepostas impunham a subida. A...
Era hora do almoço na repartição. Embora a Esplanada dos Ministérios não oferecesse muitas opções de lazer durante a semana, Henrique preferia estar ao ar livre...
O quando, alguma noite de 1967 ou 1968. O onde, o cine Paissandu, no Flamengo, Rio de Janeiro. O quê, a exibição de um filme polonês,...
Poesia Soneto Elemental Sou fragrância que nasce da terra em flor, quando a chuva desliza em tom sereno. Sou a nota que vibra em pleno ardor,...
Retorno ao jardim. O balanço permanece lá, em frente ao grande lago. Esperando. Durante anos me perdi pelas estradas e desafios da vida adulta. Driblei saudades,...
Outro dia, conversando com um colega, ele me contou que alguém chorou com a minha partida. Que queria saber de mim, saber onde eu estava, se...
Laurindo, meu genro, mais do que genro, meu filho, pois nos sentimos assim como filho e mãe e não genro e sogra, sempre tem umas piadas...
Dedos bordavam emoções em filigrana, como quem costura o invisível com ternura. Cada verso era um fio de alma exposta, cada linha, um suspiro que não...
Reunião de família é coisa rara, mas, de vez em quando, acontece por aqui. Tirando Natal, apenas aniversário de vovó ou alguma tia graduada. De resto,...
Mãe, já faz um ano. Agora, recupero arquivos e telas. “Novo” trabalho. Pós-pandemia. O “novo” normal é de bites, algoritmos, rabiscos virtuais. Ciberespaço. Home office. Salvar...
Resistimos imutáveis ao tempo, ao vento, ao que nos desafia Tal qual o bambu, que enverga, mas não quebra Re(existimos)! Em nós no outro no que...
Ao perguntarmos quem é o ser que narra uma história escrita, a resposta óbvia é dizer que é um “eu” que o faz. No entanto, identificar...