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Éder Jofre, 78 anos, é homenageado com sala especial

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Bicampeão mundial de boxe, o brasileiro Éder Jofre recebeu uma homenagem do São Paulo, na noite desta sexta-feira. A nova sala de treinamento da modalidade aos associados do clube ganhou o nome do ex-atleta, que também viu os presentes no evento de lançamento do local cantarem um animado “Parabéns pra Você” por seus 78 anos de idade, completados na última quarta-feira.

Jofre, considerado um dos maiores pugilistas de todos os tempos, foi campeão mundial em duas categorias. No peso galo, em 1960, conquistou o primeiro título mundial do Brasil no boxe. E 13 anos depois, conseguiu o cinturão no pena. Ele se aposentou com cartel de 81 lutas com 75 vitórias, 50 delas por nocaute, quatro empates e apenas duas derrotas.

“É uma grande emoção que a gente sente ao ver essa sala aqui no São Paulo e o carinho das pessoas”, afirmou, com dificuldades, o ex-pugilista, vítima de um grau moderado do Mal de Alzheimer. No último ano, ele foi internado com uma crise de depressão, deflagrada após morte de sua esposa Cidinha, com quem foi casado por 52 anos.

Apesar das dificuldades causadas pela idade e a doença, Éder Jofre atendeu a todos os pedidos de fotografias, algumas vezes até levantando as mãos em posição de guarda, e autógrafos, assinados já com as mãos trêmulas, e caminhou orgulhoso pela sala em que há um mural com fotos de suas lutas e conquistas.

Uma das principais imagens é a reprodução da capa de A Gazeta Esportiva de 19 de novembro de 1960, que noticiava a vitória do brasileiro sobre o mexicano Joe Medel no dia anterior dando a ele seu primeiro cinturão de campeão mundial: “Éder Imortal. Campeão do Mundo! Mexicano liquidado no 6º assalto”.

Durante o evento, Éder Jofre foi auxiliado por sua filha Andrea, com quem reside atualmente. Foi ela que agradeceu em nome do pai a homenagem do clube após o discurso de Carlos Miguel Aidar, candidato à presidência pela chapa Avança São Paulo, da situação.

A homenagem ao pugilista brasileiro contou com grande presença de correligionários de Aidar. Com camisetas amarelas, cor da chapa da situação, e nomes e números de candidatos para a eleição do Conselho Deliberativo estampados nas costas, ocuparam quase toda a sala Éder Jofre e saudaram com entusiasmo o candidato, já chamado de “presidente” pelos apoiadores.

Vestindo uma camisa polo, também amarela, Aidar discursou afirmando ser responsável por uma importante foto do local. Advogado, ele foi contratado para analisar os contratos do combate entre Jofre e o cubano naturalizado espanhol José Legra, disputado em Brasília em 1973, que valeu o cinturão dos penas.

Foi o candidato à presidência que deu ao pugilista a camisa do São Paulo Futebol Clube, que ele vestiu quando foi cumprimentar e presentear com uma das luvas do combate o presidente Emílio Garrastazu Médici, momento registrado pelos fotógrafos. “Eu joguei aquela camisa e você imediatamente a vestiu”, garantiu.

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