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Notebook, celular etc

Eletrônico faz mais mal à criança do que se imagina

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Autor/Imagem:
Egor Chapavatov/Via Sputnikmews - Foto Reprodução

Um estudo descobriu que as crianças cujos pais recorrem a dispositivos eletrônicos como forma de mantê-las distraídas muitas vezes sofrem distúrbios comportamentais, e isso é particularmente o caso dos meninos, especialmente os hiperativos.

O estudo envolveu 422 crianças com idades entre três e cinco anos e 422 e seus respectivos pais. Durou seis meses, registrando as reações emocionais das crianças, mudanças de humor, mudanças repentinas no bem-estar e aumento da impulsividade.

“Usar dispositivos móveis para acalmar uma criança pequena pode parecer uma ferramenta inofensiva e temporária para reduzir o estresse em casa, mas pode haver consequências a longo prazo se for uma estratégia calmante regular”, disse a pesquisadora Jenny Radesky, uma pediatra de desenvolvimento comportamental no University of Michigan Health CS Mott Children’s Hospital.

Os pesquisadores notaram que é em tenra idade que as crianças são ativamente suscetíveis a mudanças de humor e acessos de raiva, o que pode encorajar ainda mais os pais a usar aparelhos porque não têm tempo ou energia para acalmar a criança.

“Os cuidadores podem sentir alívio imediato do uso de dispositivos se reduzirem de forma rápida e eficaz os comportamentos negativos e desafiadores das crianças”, disse Radesky. “Isso é gratificante para pais e filhos e pode motivá-los a manter esse ciclo… Quanto mais os dispositivos são usados, menos prática as crianças – e seus pais – conseguem usar outras estratégias de enfrentamento.”

Entre os possíveis métodos que dispensam aparelhos eletrônicos, o cientista destacou os seguintes:

Nomeie a emoção e o que fazer a respeito: Nomear as emoções pode ajudar a criança a entender o que está sentindo e mostrar à criança que os pais se importam com ela, o que pode ajudar a lidar com as emoções com mais facilidade.

Técnicas sensoriais: canalizar a energia das crianças para determinadas formas de ação (como balançar, abraçar, pular em um trampolim, ouvir música ou ler um livro) para ajudar a acalmá-las.

Zonas de cores: nomear emoções como cores (azul para entediado, verde para calmo, amarelo para ansioso/agitado, vermelho para explosivo) pode ajudar a criança a entender melhor seu estado emocional e responder corretamente.

Ofereça comportamentos de substituição: Ajudar as crianças a encontrar um padrão de comportamento mais seguro (bater no travesseiro em vez de no irmão, declarar claramente suas necessidades, etc.) pode resolver alguns problemas de comunicação e resolver conflitos.

“Todas essas soluções ajudam as crianças a se entenderem melhor e a se sentirem mais competentes para lidar com seus sentimentos”, disse Radesky.

“Em contraste, usar um distrator como um dispositivo móvel não ensina uma habilidade – apenas distrai a criança de como ela está se sentindo. As crianças que não desenvolvem essas habilidades na primeira infância têm maior probabilidade de ter dificuldades quando estressadas na escola ou com colegas à medida que envelhecem”.

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