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Fenômeno raro

Estação Espacial registra cenas de ‘buraco negro’ devorando estrela

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Em março do ano passado, um equipamento a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) capturou um fenômeno raro: uma explosão super brilhante a 10 mil anos-luz da Terra. Tratava-se de rajadas de energia provenientes de um buraco negro devorando gás e poeira de uma estrela próxima.

Agora, cientistas detectaram “ecos” dessa explosão, que acreditam ser uma pista de como os buracos negros evoluem durante uma explosão. Os achados foram divulgados nesta quarta-feira, 9, em um encontro da Sociedade Americana de Astronomia em Seattle, nos Estados Unidos, e serão publicados na edição desta quinta-feira, 10, da revista científica Nature.

“Esse buraco negro de brilho intenso entrou em cena, e estava quase completamente desobstruído, então tivemos uma visão muito clara do que estava acontecendo”, disse Jack Steiner, pesquisador do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

A equipe relata que, como o buraco negro consome enorme quantidade de material estelar, sua coroa – o halo de elétrons altamente energizados que circunda um buraco negro – encolhe significativamente, passando de uma extensão inicial de cerca de 100 quilômetros para 10 quilômetros, em pouco mais de um mês.

“É a primeira vez que vimos esse tipo de evidência de que a coroa está diminuindo durante essa fase particular da explosão”, disse Steiner. O buraco negro detectado em 11 de março foi denominado MAXI J1820 + 070.

Um buraco negro é uma região no espaço onde a força de atração da gravidade é tão forte que a luz não é capaz de escapar. A forte gravidade ocorre porque a matéria foi comprimida em um espaço minúsculo. Essa compressão pode ocorrer no final da vida de uma estrela. Alguns buracos negros são resultado de estrelas em colapso.

Como nenhuma luz pode escapar, os buracos negros são invisíveis. No entanto, telescópios espaciais com instrumentos especiais podem ajudar a encontrar buracos negros. Eles podem observar o comportamento de materiais e estrelas que estão muito próximos dos buracos negros.

Buracos negros podem ser tão pequenos quanto um único átomo, mas com a massa de uma grande montanha. Acredita-se que os buracos negros primordiais se formaram no início do universo, logo após o Big Bang.

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