Quem leva?
Façam suas apostas, porque a corrida ao Buriti está começando
Publicado
em
As eleições para governador do Distrito Federal só acontecem no ano que vem, mas como toda boa moradora atenta ao destino da cidade, já comecei a observar os primeiros movimentos do tabuleiro. É claro que ainda é cedo pra cravar qualquer coisa, mas o cenário vai se desenhando com algumas figuras conhecidas, outras nem tanto, e candidaturas que agradam (ou desagradam) aos mais variados paladares ideológicos.
Aparentemente, teremos opções para todos os gostos. Celina Leão, atual vice governadora, provavelmente à época das eleições será a governadora em exercício, já que Ibaneis deverá se licenciar para concorrer ao senado. Celina é sempre muito bem posicionada nos bastidores, deve tentar se manter no cargo agora com o selo do Progressistas. Do lado bolsonarista mais raiz, Izalci Lucas, do PL, ensaia sua candidatura com aquele discurso já bastante conhecido de retomada da moral e dos bons costumes (versão DF).
Na outra ponta, a esquerda também vai se organizando: Leandro Grass, do PV, reaparece como um nome com respaldo da militância ambiental e da gestão pública; Ricardo Cappelli, pelo PSB, surge com um perfil mais técnico, vindo de uma atuação nacional, mas de olho nas bases brasilienses; e Geraldo Magela, do PT, tenta mais uma vez reavivar os tempos em que era uma referência importante na capital. Além disso, como de costume, o PSOL deve lançar candidatura própria. É aguardar pra saber qual será o nome da vez.
Sinceramente, o DF nunca foi fácil de decifrar politicamente. O voto daqui carrega contradições, e a percepção do eleitor às vezes é mais árida que as secas do Cerrado. Mas uma coisa é certa: a disputa promete ser intensa. Os palanques vão se formar, os grupos vão se reorganizar e os discursos vão ecoar — uns mais empolgantes, outros já meio desgastados.
Até lá, sigo acompanhando, com os pés no chão mas de olho nas pesquisas, torcendo pra que alguém finalmente governe pensando na gente que mora aqui.
