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Ah, essas doutoras...

Falar sobre mulher e OAB inspiram taça do Crasto

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Autor/Imagem:
José Seabra, Diretor-Editor - Foto Arquivo Pessoal

Tomo emprestado de novo este espaço do titular Pontes de Miranda Neto II. Reuni o Conselho Editorial de Notibras, encaminhei algumas orientações, desliguei o celular e recolhi-me por volta das 17h30 para um cochilo dos justos. Virou sono, sem sonhos. À 1 hora e 12 minutos desta quinta, 28, levantei-me e segui a velha rotina de passar uma água no rosto, degustar uma xícara de café e seguir para a varanda, onde fumo até três cigarros num espaço de meia hora. Entre uma e outra tragada, leio os e-mails em meu endereço eletrônico corporativo (diretor@notibras.com). Lá estavam as conclusões do Conselho Editorial sobre um assunto que tem ocupado a pauta jornalística nos últimos dias – as eleições para a seccional DF e subseções da OAB. Então, vamos lá:

Isabela Bueno não deixou a chapa de Thaís Riedel por livre e espontânea vontade. Foi retirada por uma determinação expressa de Ibaneis Rocha. Engasgado com uma espinha de traíra e entalado com uma banana, o pragmatismo do governador falou mais alto. Ele sabe que se perder a disputa na OAB com sua laranja-verde, terá, além da espinha e da banana na garganta, outras pedras no sapato. E precisará de uma lente mais forte para tentar enxergar o que se passa à sua volta.  Ibaneis também avalia chamar para uma conversa um velho consultor que transita em diferentes grupos de advogados. Mas, como pessoas sérias não aceitam traições, já foi avisado que esse encontro está fora de cogitação.

Délio Lins e Silva Jr e Renata Abreu estão sendo alertados para a necessidade de uma investigação profunda, a cargo do Ministério Público, do Ministério Público de Contas e do próprio Tribunal de Contas do Distrito Federal, acerca de um suposto artifício para a contratação de um número indeterminado de advogados que se comprometam em votar e fazer boca de urna virtual na chapa dos verdinhos, hoje sem qualquer esperança de vitória. As contratações seriam temporárias (outubro, novembro e dezembro). Os contratantes, as empresas de locação de mão-de-obra que prestam serviços de limpeza, conservação, segurança e serviços diversos a estatais. Pensaram em incluir órgãos públicos, mas como isso exigiria publicar extratos dos aditivos no Diário Oficial, a ideia foi descartada.

Também há um alerta – desta feita envolvendo inclusive a Polícia Federal – sobre a existência de um suposto plano de ataque ao sistema virtual da votação do dia 21 de novembro.  Hackers que têm facilidade de invadir sistemas como uma criança que abre geladeira sem borracha adesiva na porta, estariam sendo contatados a peso de ouro. O plano entraria em ação na eventualidade de uma prévia indicar derrota de Thaís Riedel. As alternativas estudadas são duas: manipular e engordar os votos para a candidata do grupo do governador, ou tirar o sistema do ar, o que provocaria um eventual adiamento do pleito, dando tempo à Chapa Verde para se reorganizar e negociar as desistências de Campelo e Pertence, com o consequente redirecionamento dos votos.

As últimas recomendações do Conselho Editorial encaminhadas ao meu e-mail: a) esquecer a existência de Isabela Bueno. Como ela resolveu brigar (e difamar) todo mundo, como se deusa fosse, a fila será grande, e Notibras, que reconhece ser uma gota no oceano, embora em condições de provocar um tsunami, ficará monitorando o noticiário; b) Alline Marques já teve seu minuto de glória ao ser citada neste espaço. E como não se pode fumar onde se come traíra com uma cerveja gelada, o melhor é continuar ocupando a velha mesa da Confeitaria Potiguar, em Águas Claras; c) nossas fontes de informação indicam que o desembargador do dízimo está atrás de minha vasta folha corrida em delegacias de polícia. Fica a sugestão de ele vasculhar também os arquivos do Doi-Codi e outros porões da ditadura.

Pronto. O texto está sendo postado somente agora (2h52), porque levantei-me para mais uma xícara de café. Agora vou abrir uma garrafa de um velho Quinta do Crasto, safra 2014, presente do ilustre doutor Luiz Carlos Alcoforado. A música ambiente, baixa, será Mulheres, de Martinho da Vila. Adoro o trecho em que ele canta Já tive mulheres de todas as cores/De várias idades de muitos amores/Com umas até certo tempo fiquei/Pra outras apenas um pouco me dei/Já tive mulheres do tipo atrevida/Do tipo acanhada, do tipo vivida/Casada carente, solteira feliz/Já tive donzela e até meretriz.

E ainda me tacham de misógino. Vá entender.

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