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Negócios particulares na Defensoria Pública

Fantasma do ‘juiz Lalau’ assusta Luiz Estêvão

Publicado

Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

A construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, que foi transformado por seus idealizadores, a cada parede levantada, em um imenso propinoduto, ainda dá dores de cabeça ao ex-senador (cassado) Luiz Estevão nas noites insones que ele passa na Papuda, para onde volta sempre ao anoitecer após receber o benefício do regime semiaberto, questionável sob o ponto de vista de alguns juristas.

Para não fugir da velha rotina, o agora inquilino só noturno da Papuda estaria envolvido em novos negócios supostamente prejudiciais aos cofres públicos. E mais uma vez ‘alucinações fantasmagóricas’ flutuam nos ‘calabouços modernos’ da penitenciária da capital da República, segundo revelou a Notibras uma fonte na condição de seu nome ser mantido no anonimato.

As informações envolveriam a Defensoria Pública da União. As suspeitas apontam indícios de ilegalidade na contratação de um imóvel em Brasília, para sediar o órgão. O edifício seria de propriedade de Luiz Estevão, que, beneficiado com o regime semiaberto, passou a trabalhar como assistente administrativo em uma imobiliária.

Embora o processo corra em segredo de justiça, as informações sugerem que o Ministério Público Federal, à frente das investigações, já teria dados suficientes para denunciar o defensor-geral Gabriel Faria de Oliveira no contrato irregular do imóvel que pertenceria ao ex-senador.

A denúncia foi apresentada por um antigo locador da DPU. O prédio prestes a ser desocupado pela Defensoria Pública da União está localizado no Setor de Autarquias Norte, uma área nobre de Brasília mas ainda de pouca densidade ocupacional.  O destino do novo endereço seria no luxuoso, caro e disputado Setor Bancário Sul, onde Luiz Estevão tem várias unidades comerciais.

No escândalo do Fórum Trabalhista de São Paulo, Luiz Estevão ficou conhecido como ‘sócio do juiz Lalau’. O ex-senador foi condenado a mais de 30 anos de prisão. As investigações querem identificar, agora, eventuais semelhanças do procurador-geral Gabriel Faria de Oliveira em negócios que envolviam o ex-senador e o ex-juiz Lalau.

Procuradas, as assessorias do ex-senador Luiz Estevão e da DPU não retornaram as ligações.

** Matéria alterada às 11 horas do dia 7 de junho pra acréscimo de informações.

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