Cópia de 1969
Fevereiro será mês 4×4, com direito a dia de 25 horas
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Um mês que começa com “fé” não tem como dar errado. Para alguns o melhor mês do ano, fevereiro tem de tudo um pouco. É muito sol, calor de rachar, às vezes Carnaval, um dia a mais a cada quatro anos e muita energia positiva. Que ele seja intenso, apesar de curto por causa do calendário juliano, da época do Império Romano. Bem-vindo, fevereiro e seus dias históricos, didáticos, santificados e malucos pela natureza do povo brasileiro. O período é recheado de datas que lembram fatos históricos. Uma delas é o dia 24, Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil. Foi nesse dia, em 1932, que o Código Eleitoral passou a reconhecer o direito de voto das mulheres.
No dia 11, a renúncia de Hosni Mubarak como presidente do Egito, após protestos conhecidos como Primavera Árabe, completa 14 anos. Já no dia 28, o fim da Guerra do Golfo completa 34 anos. Entre as datas fixas mais sérias, os destaques são para homenagear Iemanjá (domingo, 2), conhecida pelo sincretismo afro-brasileiro como Nossa Senhora dos Navegantes, e para lembrar os dias Mundial do Câncer (04), Nacional de Luta dos Povos Indígenas (07), Repórter (17) e da Justiça social (20). Já que vivemos no Brasil, onde os políticos com pouco ou nada para fazer inventam homenagens sem graça e sem nexo, também temos os dias desconexos.
Pela ordem, o primeiro é o do Tomate (01). Na sequência, registrem os dias da Nutella (05), do Preservativo (13), o de Ter um Nome diferente (13) e o da Ressaca (28). Como bobalhões existem em todos os cantos do planeta, algumas excelências como as nossas inventaram os dias mundial do Amor (14), do Gato (17) e de Contar um Conto de Fadas (26). Uma pena que não tivessem tido tempo de criar o Dia dos Estultos. Para sorte do Brasil, o 1º de fevereiro deste ano também marcará o Dia do Fui, ou seja, a data em que o deputado Arthur Lira (PP-AL) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deixam as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.
Dos numerosos nascimentos merecedores de prestígio, lembro os do ator Clark Gable (há 124 anos), do político russo Boris Nikolayevich Yeltsin (94 anos), do coreógrafo e dançarino estadunidense Gene Kelly (29 anos), do ex-presidente Ronald Reagan (114 anos), da cantora brasileira Clementina de Jesus (124 anos), do ator James Dean (94 anos), do cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco (79 anos) e do jornalista Fernando Gabeira (84 anos).
Como curiosidade, há 39 anos, no dia 19 de fevereiro de 1986, o Cometa Halley apareceu pela última vez no Sistema Solar interno. Ele é visível na Terra a cada 75 ou 76 anos. Por falar em curiosidade, este mês de fevereiro será o último que alguém vivo ainda verá. Isso porque fevereiro de 2025 tem características que acontecem uma vez a cada 823 anos. Serão quatro domingos, quatro segundas-feiras, terças, quartas, quintas, sextas e sábados. O mais interessante é que um desses dias – ainda não sabemos qual – terá a duração de 25 horas.
A denominação desse fenômeno é conhecida por Miracle In. Fosse eu um daqueles tarados por correntes, aproveitaria a narrativa para pedir a meus leitores que enviem o texto, em no máximo cinco segundos, para cinco pessoas ou cinco grupos e um milagre acontecerá nos primeiros cinco minutos do quinto dia. Sei que não sei o que estou dizendo, mas me baseei em milagres bíblicos inexplicáveis. Um exemplo disso são os meses de fevereiro de 1969 e o de 2025. Se o caro leitor ainda não tem o calendário ou a folhinha deste ano, use o de 69. Só use. Não faça. Ambos são exatamente iguais. Confiram e se cuidem, pois a era é de Aquário.
