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Filme sobre sexo aumenta poluição da Terra em 4%

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Está na hora de os adultos darem uma pausa no controle remoto e deixarem de assistir a filmes pornôs on line. A sugestão é de cientistas, preocupados com a poluição cada vez maior do planeta. Isso mesmo. A tecnologia digital, garantem, tem um impacto ambiental invisível, e cresce à medida em que adultos assistem cada vez mais a seus ‘filmes proibidos’.

Segundo o relatório “Crise climática: O uso insustentável do vídeo online”, filmes adultos representam mais de 4% de todas as emissões de dióxido de carbono associadas às tecnologias digitais. Isso corresponde à poluição de países como Kuwait e Bélgica.

Além disso, segundo revela o The Shift Project, os vídeos online – uma das formas mais comuns de entretenimento online – geram 60% do tráfego mundial de dados, com base nas estimativas de 2018.

Em outras palavras, isso significa que eles respondem por 300 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano. Os autores do estudo apontam que “ ver vídeos pornográficos no mundo em 2018 gerou emissões de carbono da mesma magnitude que a do setor residencial na França”.

Enquanto isso, os serviços de vídeo sob demanda, como Netflix ou Amazon Prime, geraram o mesmo volume de emissões de gases de efeito estufa que toda a economia do Chile.

Estima-se que as tecnologias digitais consumam 9% a mais de energia a cada ano, mas a situação vai piorar com a disseminação mais ampla de vídeos de resolução cada vez maior.

Os cientistas propõem praticar a “sobriedade digital” – ou seja, reduzir o uso e o tamanho dos vídeos. Isso exigiria a implementação de certos regulamentos, que deveriam ser precedidos de um debate público.

“Do ponto de vista das alterações climáticas e outros limites do planeta, não é uma questão de ser‘a favor’ou‘contra’a pornografia, a telemedicina, Netflix ou e-mails: o desafio é evitar a utilização considerada preciosa de ser prejudicada pelo consumo excessivo de outro uso considerado menos essencial. Isso faz com que seja uma escolha social seja arbitrada coletivamente para evitar a imposição de restrições aos nossos usos contra nossa vontade e às nossas custas ”, conclui o relatório.

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