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Jardim Botânico

Flores e plantas contam a história de um habitat natural

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Mariana Damaceno

O Jardim Botânico de Brasília abriga sete estufas abertas ao público, com espécies diferentes de plantas. Espalhadas pela área de visitação, elas também são uma forma de contar um pouco da história do local, cujo acervo vem de doação, licitação ou coleta.

Segundo o diretor-executivo da instituição, Jeanitto Sebastião Filho, a escolha pelas espécies tem a ver com a oportunidade. “Muitas vezes, um especialista que, naquele momento, tem mais afinidade com determinada coleção.”

O orquidário, o cactário e as estufas de bromélias, de aráceas, de samambaias, de suculentas, de plantas aquáticas e dos polinizadores somam juntos mais de 3 mil espécies. Cada estrutura exige cuidados diferentes, que vão desde a arquitetura até o manejo diário das plantas.

O orquidário é a mais antiga, nasceu há 25 anos e tem a estrutura mais robusta. Em uma construção de mais de 150 metros quadrados, feita de madeira do próprio Jardim Botânico e vidro, o principal cuidado é para manter o espaço sem sol incidente nas flores e sempre bem úmido. Para isso, um espelho d’água foi construído e de 12 em 12 horas a irrigação automática é ligada.

O lugar abriga cinco tipos de orquídeas: trepadeiras, epífitas (que nascem em árvores), terrestres, aéreas e rochosas. O orquidário do Jardim Botânico de Brasília é formado, principalmente, por plantas nativas. No entanto, há espécie de lugares como Argentina e Honduras.

Cada estufa tem seu curador — um servidor com a missão de conservar, preservar e multiplicar as plantas. “Elas são como minhas filhas”, brinca Jorge Pinheiro, curador do orquidário. Entre seus afazeres também está a poda, a troca do substrato e a polinização manual, com uma seringa.

O cuidado não se restringe às estufas. Antes de ser exposta ao público, cada planta ganha tratamento especial para que cresça de maneira saudável e esteja forte para ser plantada no novo lugar. Para isso, os curadores também mantêm um banco de germoplasma, destinado a preservar o patrimônio genético das plantas.

No caso das orquídeas, elas são levadas ao orquidário geralmente quando estão floridas, e há uma troca constante das plantas para a manutenção.

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