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Malva

Folhas e flores, com sua beleza, também curam

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Malu Oliveira com Suzi Reigado Ferreira/Via Casa das Ervas - Foto Divulgação

O nomes nomes populares são Malva-cheirosa, Malva-das-boticas, Malva-silvestre, Malva-de-casa, Malva-rosa ou Rosa cheirosa. Ou simplesmente malva, muito utilizada no tratamento de infecções em função de sua propriedades, que incluem ação adstringente, diurética, emoliente, expectorante e laxante.

A malva serve para ajudar no tratamento de infecções, prisão de ventre, abcesso, afta, bronquite, catarro, dor de garganta, rouquidão, feridas, faringite, furúnculo, gastrite, irritação dos olhos, mau hálito, picada de insetos, tosse, úlcera e problemas de pele.

É uma planta usada em fitoterapia e apreciada como hortaliça desde o século VIII a.C. Suas folhas são mais usadas na medicina popular, entretanto, as flores da malva constam das farmacopéias da Itália, França, Alemanha e da Suíça. Além disso, em muitos países da Europa, as flores secas são muito mais consumidas do que as folhas.

Ainda como medicinal, a malva também é aplicada na veterinária, nos casos de prisão de ventre de animais domésticos, principalmente em cães.

Existem 243 gêneros da família das malváceas no mundo e aproximadamente 80 deles são encontrados na flora brasileira, ou são cultivados, como o quiabo, o algodoeiro, a alteia, etc. É necessário muito cuidado para não confundir a espécie verdadeira (Malva sylvestris) com outras espécies semelhantes, pois as propriedades medicinais de algumas outras malvas são diferentes. Inclusive algumas dessas espécies de malva são utilizadas como adulterantes de chás vendidos em farmácias e casas de produtos naturais.

Indicações da malva

Queimaduras de sol: Compressas de folhas.

Inflamações/gengivite e afta: Gargarejos com o chá.

Circulação: Os banhos com folhas de malva trituradas em água tonificam a circulação e purificam o sangue.

Respiração/tosse: Em infusão aliviam problemas respiratórios.

Receita

Duas colheres de flores em infusão são extraordinárias para combater a tosse, e em gargarejos reduzem as inflamações de gengivas e garganta.

Pele

As folhas são um potente germicida e sedativo natural; pelo seu conteúdo de mucilagem é indicada para doenças que desenvolvem inflamações, contra a obstipação e irritações de pele. Emplastro para curar abcessos, etc.

Modo de uso

As partes da malva usadas para fins medicinais são suas folhas e flores para chás ou infusões.

-Chá de malva: Colocar 2 colheres (de sopa) de folhas secas de malva em uma xícara de água fervente. Deixar repousar por 10 minutos. Coar e beber 3 vezes ao dia.

Culinária

As flores da malva, frescas ou secas, são bastante consumidas nos países europeus, até mesmo mais consumidas do que as folhas.

Cultivo

As folhas da planta são bem verdes, com longos pecíolos, serreadas nas bordas e com pelos ásperos, embora moles e macios ao tato. Já as flores são bem características: quando totalmente abertas, apresentam cinco pétalas afastadas, estreitas na base, largas e chanfradas na parte superior, a coloração é rósea e o florescimento se dá nos meses mais quentes do ano e, dependendo da região, pode ocorrer do final da primavera até meados do outono.

Esta planta vegeta espontaneamente nos continentes europeu, africano e americano. No Brasil, desenvolve-se bem em locais de clima mais ameno, como a região Sul. Dos 40 gêneros da família das malváceas existentes no mundo, 20 deles são encontrados na flora indígena brasileira, ou são cultivados, como o algodoeiro, o quiabo, a altéia, etc. Do gênero “malva”, existem umas 30 espécies e é preciso muito cuidado com as confusões, pois as finalidades medicinais de algumas malvas são diferentes.

A malva propaga-se por meio de sementes, divisão de touceiras ou estaquia. Embora seja nativa de climas temperados, a malva tolera climas mais quentes. Seu cultivo exige luz solar direta pelo menos 4 horas por dia e recomenda-se proteger a planta contra geadas e frio intenso. Em regiões onde o inverno é muito rigoroso, a malva comporta-se como planta anual.

Solo ideal: Rico em matéria orgânica.

Regas: Frequente durante a fase de formação dos botões florais e espaçadas nos outros períodos.

Cuidados gerais: Controlar a invasão de ervas daninhas e evitar a umidade excessiva, que pode provocar a proliferação de fungos.

Colheita: As folhas da malva devem ser colhidas durante o período de floração e as flores, antes da abertura dos botões florais.

Curiosidades

Na Itália renascentista, a malva era considerada um remédio para todos os males. Suas flores entravam no preparo de um chá usado nos conventos como anafrodisíaco, ou seja, como “amansador” do desejo sexual. Na Antiguidade, acreditava-se que uma poção à base de sumo de malva evitava as indisposições durante todo o dia. Já os pitagóricos consideravam-na uma planta sagrada, que libertava o espírito da escravidão das paixões. Carlos Magno apreciava a malva como planta ornamental, em seus jardins imperiais.

Contra Indicações

O principal efeito colateral da malva é a intoxicação, quando utilizada em grandes doses. Contraindicada durante a gravidez e a amamentação.

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