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1 a 0

França exorciza os ‘diabos belgas’ e vai à final da Copa

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

A França está na final da Copa da Rússia 2018, depois de derrotar nesta terça, 10, a seleção da Bélgica por 1 a 0. Os ‘diabos vermelhos’, como são conhecidos os belgas, disputarão o terceiro lugar, que sairá do jogo entre Inglaterra e Croácia, nesta quarta, 11. O vencedor disputará o título.

O primeiro jogo da semifinal, em São Petersburgo, foi assistido pelo presidente francês Emmanuel Macron e pelos reis belgas Philippe e Mathilde. Samuel Umtiti marcou logo no início do segundo tempo para garantir a apertada vitória.

A França chegou às semifinais depois de derrotar o Uruguai por 2 a 0, enquanto a Bélgica venceu o Brasil, favorito da Copa do Mundo, por 2 a 1.

A vitória coloca a França na terceira final de Copa da sua história, todas nos últimos 20 anos. Se em 1998 e 2006 a equipe era liderada por Zidane e não chegou à decisão como grande favorito diante de Brasil e Itália, desta vez tem um repertório mais amplo de craques e o peso da expectativa. Quem eliminou Argentina, Uruguai e Bélgica faz a torcida esperar de forma eufórica por um dos azarões: Croácia ou Inglaterra.

Algoz da seleção brasileira na última sexta-feira, a Bélgica viu se encerrar o sonho de buscar um inédito título mundial e agora fará a decisão do terceiro lugar contra os perdedores do duelo entre croatas e ingleses, no próximo sábado, às 11 horas (de Brasília), novamente atuando em São Petersburgo. A decisão será no domingo, às 12h, em Moscou.

Bélgica e França foram as equipes mais talentosas desta Copa até aqui e fizeram uma partida mais de estudo e não tanto de brilho técnico. As duas jovens gerações demonstraram maturidade de veteranos ao não decidirem vaga em uma final de Mundial por individualidades ou apenas no apetite de ganhar. Foi uma semifinal de paciência e análise, definida por uma cobrança de escanteio.

O confronto entre dois países que tanto se conhecem ofereceu dificuldades aos técnicos. Em campo, as duas equipes tinham jogadores companheiros em clubes como Chelsea, Tottenham e Manchester United. Na tribuna de honra, até a família real belga e o presidente francês dividiam espaço. Portanto, todos sabiam que seria difícil surpreender o adversário. Era preciso buscar um fator de desequilíbrio. A França aposta na velocidade e a Bélgica, na organização.

Os belgas conseguiram dar trabalho aos adversários com um esquema mutante, o 3-4-3 com a posse de bola e o 4-3-3 para se defender. Chadli era o curinga pela direita para mexer com a formação. A estratégia possibilitava ao time estabilidade para forçar as jogadas pelo outro lado, na esquerda, quase sempre com Hazard. O camisa 10 foi autor de duas das três grandes chances de gol no primeiro tempo. O goleiro Lloris esteve bem.

A França só passou a dar trabalho depois de sofrer com os ataques belgas. A solução foi acelerar o jogo, ao avançar na correria de Pogba, para depois acionar Griezmann ou os dribles de Mbappé, que, na melhor chance do primeiro tempo, deixou Pavard livre para chutar cruzado e fazer Courtois salvar o gol. O primeiro tempo acabou com os dois times mais soltos em campo.

A partida que parecia um jogo de xadrez precisava de algo para bagunçar o tabuleiro e dar dinamismo. O movimento perfeito para isso foi do francês Umtiti. O zagueiro se desmarcou após escanteio e em ótima antecipação subiu de cabeça para fazer 1 a 0, aos cinco minutos do segundo tempo. A partida ficou do jeito como a equipe francesa queria. A Bélgica precisaria se arriscar e deixar espaço para a velocidade de Griezmann e Mbappé.

O jogo inverteu de situação ao longo da etapa final. A Bélgica se viu obrigada a forçar o ritmo, como fazia a França, enquanto o adversário tinha a vantagem e buscou se organizar à espera de algum contra-ataque. Os franceses administraram o ritmo e se permitiriam levar sustos, em especial uma cabeçada de Fellaini e um chute de Witsel. Os belgas não conseguiram impor uma grande pressão.

Nos acréscimos, a França ainda teve chance para fazer mais. Cortouis salvou. O apito final do confronto entre duas gerações talentosas premiou aquela que está mais acostumada a momentos decisivos em sua história. Os franceses mostraram como se controla uma partida, não se expuseram a sofrimentos e puderam soltar o tradicional grito da sua torcida para comemorar a classificação: avante, azuis.

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