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Gilmar Mendes vê crise de legitimidade e credibilidade como mal maior do governo

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (14) que o Brasil passa por “crise de legitimidade” e de “credibilidade” e que não se pode pedir “sacrifícios”. Para o ministro, é preciso que haja habilidade dos políticos para que o país saia da crise por meio de “engenharia institucional”.

Nas últimas semanas, o governo tem discutido medidas para aumentar a arrecadação, como a criação de um imposto nos moldes da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] ou a ampliação das taxas da Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico] para a gasolina. As propostas receberam forte repercussão negativa devido ao eventual crescimento de contribuições.

“Eu estou falando que há uma crise de legitimidade. Quando você tem uma crise de legitimidade, quem propõe, quando você tem uma crise de credibilidade, ele não pode pedir sacrifício. Ele não tem condições de pedir sacrifícios. Como você pode pedir sacrifícios quando as pessoas acham que houve gastos excessivos demasiados e sem controle?”, afirmou.

Para Gilmar, a perda de legitimidade tem relação com as práticas de corrupção. “Quando as pessoas acham que há uma prática sistêmica de corrupção, então há uma crise de legitimidade – esse é o debate que nós estamos tendo”, explicou.

O ministro do Supremo falou em seminário que ocorreu no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil, em São Paulo, organizado por parceria entre a OAB, a Fundação Padre Anchieta, a Assembleia Legislativa de São Paulo e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP).

Gilmar Mendes comentou, ainda, que espera que a saída do país para crise se dê via “institucional”. Nos últimos meses, manifestações em várias cidades do Brasil têm reivindicado a saída da presidente Dilma Rousseff do poder. Em alguns casos, foi pedido, inclusive, o retorno dos militares ao poder.

“O Brasil passou por vários momentos difíceis, e sempre atravessou via uma engenharia institucional: a habilidade dos seus políticos. Eu espero que nós tenhamos esta habilidade”, completou Gilmar.

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