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1º de Abril, Dia da Verdade

Golpe fica gagá aos 60, treme, mas tem gente que prefere o alemão vivo

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Autor/Imagem:
Sonja Tavares - Foto Divulgação

O Brasil ganha um presente neste 1º de abril: um livro que fala sobre os 60 anos do golpe militar de 1964. Aborda a luta de gerações. Foi concebido e coordenado por Xico Celso Calmon, a partir de outubro de 2023, contando com o apoio da coordenação do Canal Pororoca e reforço dos grupos Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça e Movimento Geração 68 Sempre na Luta.

A pergunta que serve de eixo para o livro 60 anos do golpe: gerações em luta, é onde estávamos em 1964 e onde estamos em 2024?

O golpe gerou uma ditadura de profundas consequências na cultura política do país. Em 1988 começou a reconstrução institucional da democracia. Em 1º de abril de 2024, o golpe fará 60 anos. Aos autores da obra literária coube reconstruir os momentos significativos dessa trajetória a partir de suas experiências.

Trata-se de um projeto de memória e de História com importância que ultrapassará nossas gerações. Com 334 páginas, o livro tem uma pluralidade de autores, desde ex- combatentes do golpe e da ditadura, ex-coordenadores da Comissão Nacional da Verdade, acadêmicos, professores, cientistas sociais, escritores, poetas, representantes da periferia social, jornalistas, juristas, sindicalistas, mulheres, negros, brancos, em nível nacional.

Os textos são apresentados em vários gêneros literários, como prosa, poesia, poema, mosaico, entre outros.

Pelo simbolismo, a meta foi o livro ser composto por 60 autores, tendo lançamentos programados para Brasília (com apresentação do professor Eugênio Aragão), além dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Sergipe, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Não se trata apenas de uma contribuição à História. O livro irá levar memória e análise da conjuntura e proposições de luta para a construção e defesa da democracia. A obra é analítica, com memória pessoal e/ou histórica (onde estávamos em 1964), e análise da conjuntura, prognóstico (perspectivas e expectativas) e mesmo de proposições, do onde estamos em 2024.

Após o o lançamento, o livro seguirá como matéria prima para debate e formação política nas universidades, escolas, sindicatos, associações… enfim, em qualquer parte, na cidade e no campo, onde puder ser acolhido.

Como diria Geraldo Vandré, é caminhando e cantando e seguindo a canção – no caso do livro, a leitura. O golpe ficou gagá aos 60 anos. Pegou Parkinson, seus defensores tremem, mas ainda tem muita gente que foge do Alzheimer não para tirar da memória aquela data trágica, mas para tentar repeti-la. E para lutar contra isso, as gerações que não viveram dias de terror precisam estar atentas.

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