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'Imbrochável' é 'incomível'?

Governo pintocrático, onde nem tudo de ruim pode não piorar

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Manly Spike*/Especial para Notibras - Foto Marcello Casal Jr

O objetivo, ao traçar essas linhas, será a busca por uma abordagem positiva, aqui consignada à figura mitológica do touro, sinónimo de força, de pujança viril e de masculinidade. Com base nesse pressuposto, e não se sabendo com exatidão qual foi a origem efetiva da velha estrutura pétrea, fisiológica do atual PR do Brasil que diz e repete incansavelmente er “imbrochável”.

Só lamento ter que decepcionar aqueles que fazem parte do “Clube Bolsonaro – Imorrível, Imbrochável e Incomível” e dizer a eles que a ‘brochada” não tem controle!

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, mais da metade dos homens correm o risco de brochar pelo menos uma vez na vida e isso é completamente normal na maioria dos casos.

Jair se acha “o espigão viril” da raça pura bolsonariana e estabeleceu um governo “pintocrático” no país que tenta administrar com palavras de ordem que mais são uma rima da rinha política que é o país que ele governa.

Bolsonaro, em plena campanha para manter a pintocracia, fala aos quatro ventos que é “imbrochável”, mas ele já foi comido pela sua masculinidade frágil. Mesmo não acreditando, o Messias (Jair, não o crucificado), se ainda não admitiu, vai admitir que está “brocha”.

Apesar de seu discurso de que nele é tudo hétero, nem mesmo o pão com leite condensado lhe dará um “pau de cavalo” para exercitar o que ele diz ter: virilidade política e sexual. No máximo, se continuar nesse governo pão com leite condensado, levará a si e a todos que o seguem à um diabetes em grau acentuado.

Seu “orçamento secreto” o leva a “encontros reservados” e, muitas das coisas que ele faz quando ninguém está vendo, possui sigilo de 100 anos. E, mesmo bradando sob sua língua presa, ele, na verdade, se sente ameaçado por mudanças sociais e culturais que jamais admitirá – por ser tosco demais e não aguentar um encontro às claras sem falar besteira sobre sua suposta potência sexual inabalável.

Nesse choque de contrastes quase de índole elétrica que Bolsonaro gera, cria-se uma janela de esperança que ajuda de sobremaneira a definir formas alternativas para o exercício do voto nas eleições de 2022, para que o que ruim está não possa piorar ainda mais.

Do “Clube Bolsonaro – Imorrível, Imbrochável e Incomível; fazem parte aqueles que insistem tanto em se promover sexualmente em público (somente) porque no privado, dentro das quatro linhas de arenas exclusivas, já foram comidos pela hipocrisia e, em breve, o último dos moicanos – o também “incomível” Bolsonaro -, será comido pelas urnas eletrônicas que ele tanto despreza. Talvez por ser a urna um substantivo feminino.

Qualquer que seja o mote, o ensejo, a crença, a fé ou a determinação de quem o faz, a “brochada” não tem controle e, mesmo falando que é “imbrochável”, Bolsonaro não tem o controle do seu governo “pintocrático” que está sendo comido pelo fisiologismo irresponsável de suas atitudes pessoais e políticas.

Nem mesmo a camisinha que ele vestiu do Centrão, consegue curá-lo da sua disfunção democrática que sempre pautou seus mais de 20 anos como deputado antes de ser presidente do Brasil – depois de uma fraquejada administração petista.

*Manly Spike é o espigão viril do jornalismo internacional e especialista em política brasileira desde os tempos do império português que se instalou nas terras do Pau Brasil.

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