'Cala a boca, Magda'
Hipocrisia de Michelle só serve para nos fazer rir
Publicado
em
Seria engraçado se não fosse hipocrisia. Michelle Bolsonaro, que passou anos ao lado de um governo que atacou instituições, flertou com o autoritarismo e normalizou discursos de ódio, agora vem a público dizer que os protestos contra o Congresso nas redes sociais são “inaceitáveis”? Justo ela? Logo quem silenciou ou até incentivou quando seus aliados pediam o fechamento do STF, atacavam jornalistas e ameaçavam adversários políticos? Faça-me rir.
Essa súbita defesa da moderação e das instituições não engana ninguém. O que realmente incomoda é ver a esquerda utilizando uma tática legítima e democrática: mobilizar as redes para cobrar os representantes do povo. Isso não é ataque, é participação política. Não estamos afrontando a instituição do Congresso, estamos exigindo que ela cumpra seu papel. Quem tem cargo público deve satisfação à população. O Congresso não é uma entidade intocável, é um espaço de representação popular, e quando falha, deve sim ser pressionado.
Chamar essa pressão de ataque é uma tentativa covarde de inverter os papéis. Ataques foram os que vimos no 8 de janeiro. Ataques foram as ameaças golpistas, os acampamentos pedindo intervenção militar, a tentativa de descredibilizar a lisura das urnas eletrônicas e o uso da máquina pública para destruir adversários. O que a esquerda está fazendo agora é organizar o povo, ocupar as redes e cobrar avanços concretos, especialmente a taxação dos super-ricos e o fim da blindagem política de sempre.
Esse discurso de moderação que alguns tentam empurrar é, na prática, um recado claro: “calem a boca e paguem nossos salários”. Mas não vamos calar. A pressão popular é legítima, necessária e está surtindo efeito, tanto que eles estão incomodados.
Se a elite política e econômica está desconfortável, é sinal de que estamos acertando o alvo. Não vamos recuar. Vamos seguir pressionando, cobrando e denunciando. Agora é a vez do povo e o povo não vai se calar!