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Cala a boca, Macron

Histeria francesa lembra a velha briga da lagosta

Publicado

Autor/Imagem:
Major-brigadeiro Jaime Sanchez

A Europa reage com histeria às notícias forjadas sobre o desmatamento e as queimadas na Amazônia, que estão sendo divulgadas, arbitrariamente, na mídia nacional e internacional, alimentadas por desinformados ou mal-intencionados e Organizações Meio Governamentais que atuam custeadas por países estrangeiros amantes de indígenas e extremamente preocupados com a biodiversidade alheia.

Existem mais de vinte mil homens e mulheres dos efetivos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, servindo permanentemente em mais de uma centena de organizações militares na Amazônia, além das milhares de missões subsidiárias cumpridas anualmente pelas três forças, de forma eventual ou programada, em proveito daquela região.

Além disso, é fundamental ressaltar que, ao longo dos anos, importantes projetos permanentes foram desenvolvidos para a segurança, ocupação e apoio da Amazônia. Dentre eles, destacamos:

Projeto Rondon
Surgiu em 1966, durante reunião realizada no Rio de Janeiro, com a participação de universidades do então Estado da Guanabara, do Ministério da Educação e Cultura e de especialistas em educação, com a ideia de levar a juventude universitária a conhecer a realidade brasileira e a participar do processo de desenvolvimento. A primeira missão teve a duração de 28 dias.

Seus objetivos principais são o fortalecimento da cidadania do estudante universitário, bem como o desenvolvimento sustentável, o bem-estar social e a qualidade de vida nas comunidades carentes da região.

O nome Projeto Rondon, foi dado em homenagem ao bandeirante do século XX, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon.
Em 1989, durante o governo “socialista”, imaginem, o programa foi descontinuado.

Retomado em 2005 pelo Ministério da Defesa, o projeto teve pouco acolhimento durante os governos petistas. Atualmente, o Ministério da Defesa, através do Comitê de Orientação e Supervisão, órgão interministerial, faz o planejamento do Projeto Rondon. Ele reúne representantes dos ministérios da Educação, Saúde, Meio Ambiente, Cidadania e Secretaria de Governo da Presidência da República.

Programa Calha Norte
Segundo o site do Ministério da Defesa, o Programa Calha Norte foi criado em 1985 pelo governo federal, diante de uma preocupação dos militares sobre a causa amazônica, devido à cobiça internacional sobre as reservas naturais estratégicas daquela região.

Sob a coordenação do Ministério da Defesa, desde 1999, o Calha Norte tem o propósito de promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado e sustentável da região amazônica. O programa abrange 379 municípios, distribuídos em oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia e Roraima.

Ao todo, são quase nove milhões de brasileiros beneficiados, incluindo 46% da população indígena em uma área que corresponde a 44% do território nacional.

O Calha Norte tem por objetivo principal o aumento da presença do Poder Público na sua área de atuação, contribuindo para a defesa nacional, muito além do seu aspecto puramente militar.

Sivam
O Sistema de Vigilância da Amazônia é um projeto elaborado pelos órgãos de defesa do Brasil, visando o monitoramento da Amazônia Legal, para assegurar a presença das forças armadas brasileiras na Amazônia e fazer frente às manifestações internacionais que questionam os direitos do povo brasileiro sobre essa região.

Sentimos falta de um a organização do Estado (militar, talvez) destinada exclusivamente a selecionar, fiscalizar e disciplinar as atividades de milhares de ONG’S da Amazônia, garantindo o cumprimento estrito da finalidade para a qual foi fundada.

Presenciamos, constantemente, imagens sobre grandes incêndios ao redor do mundo , especialmente nos Estados Unidos, Portugal, Espanha, causados pelas forte secas sazonais, sem jamais serem mencionadas represálias àqueles países, muito menos ameaças à sua soberania, como o fez irresponsavelmente o desvairado esquerdopata francês insuflando, inclusive, o G-7 a retaliar o Brasil, o que jamais seria aceito, pois felizmente aquele seleto grupo é composto por mais seis países que possuem agendas mais importantes a discutir, que fofocas e fake News lançadas por presidentes venais e inconsequentes nas redes sociais.

Eis a estapafúrdia mensagem postada no twitter vermelho do presidente francês Emmanuel Macron, repleta de mentira e desinformação: “Nossa casa está queimando. Literalmente. A Floresta Amazônica – os pulmões que produzem 20% do oxigênio do nosso planeta – está em chamas. É uma crise internacional. Membros da Cúpula do G7, vamos discutir em dois dias este tema emergencial!”.

1 – A foto é antiga, de um fotógrafo já falecido.

2 – Segundo cientistas renomados, o sistema que consegue repor maior quantidade de oxigênio no meio-ambiente são os oceanos e não as florestas. “O que a Amazônia produz em termos de oxigênio é praticamente todo consumido pela própria floresta”.

3 – Na verdade, a biodiversidade e as riquezas minerais da região são a verdadeira razão da imensa presença de ONG’S estrangeiras naquela área.

4 – Segundo indicadores do Banco Mundial, a França preserva menos de 30% de suas florestas, abaixo da média mundial, enquanto o Brasil preserva acima de 60%. A Irlanda, que endossou a opinião do presidente francês, preserva um pouco mais de 10%.

Historicamente, o território brasileiro foi alvo de diversas tentativas de invasão pela França entre os séculos VXI e XVIII, além da presença constante de no litoral brasileiro, inicialmente para explorar o pau brasil e depois para a pesca.

No início da década de 60, tivemos o episódio com os pescadores franceses, que recebeu o nome fantasia de “guerra da lagosta”, quando foram apreendidas embarcações pesqueiras daquele país realizando captura clandestina e ilegal do crustáceo na plataforma continental brasileira, quase levando as duas Nações às vias de fato.

A prática de utilizar argumentos descabidos não é um predicado apenas do seu atual presidente Macron, mas uma característica da índole nacional daquele país.

Segundo o historiador naval Cláudio da Costa Braga, em seu livro a Guerra da Lagosta”, a França invocara, naquele episódio, a convenção de Genebra de 1958, da qual não era signatária, assim como o Brasil, argumentando que aquele diploma admitia a pesca com rede, anzol, atiradeira, etc., por qualquer país, nos oceanos e mares, quando fora do mar territorial (12 MN) dos países costeiros.

Definição para a palavra pesca no dicionário de Aurélio Buarque: apanhar peixe.

Essa mesma Convenção garantia a posse pelo país costeiro adjacente de todas as riquezas minerais, biológicas, vegetais e animais, aí incluídas as lagostas, existentes no fundo da sua plataforma continental, definida como o leito e subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas.

Além de não ser signatária da Convenção, a França utilizou como base de argumentação a ideia equivocada, pueril, de que a lagosta é um peixe.

Parafraseando o ex-presidente francês Charles De Gaulle, devolvo o insulto, concluindo que “a França não é um país sério”.

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