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Sem anistia

Hora de cremar bolsonarismo, porque de mito basta a Fênix

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José Seabra - Foto Joédson Alves/ABr

Hoje é dia de recordar Geraldo Vandré e dar mais visibilidade a uma campanha institucional do Governo Federal, inspirada em frase de Lula em muitos dos seus discursos no decorrer de 2023. O Brasil é um só povo, caminhando e cantando e seguindo a canção; todos juntos lutando pela Nação.

Passado um ano do contido pesadelo do quase fatídico 8 de janeiro, é hora de buscar justiça e igualdade. De construir um mundo de fraternidade. Isso vale para as cidades, para os campos, para sentirmos o brilho e o palpitar da liberdade.

É preciso marchar com esperança no peito, com coragem no olhar, resistindo e persistindo, porque a luta em defesa da democracia é o que alimenta a nossa existência.

O momento exige atenção redobrada. É tempo de caminhar e cantar, erguendo a voz no ar contra as sombras do medo, contra um sistema fascista que sufoca. Vencido o ódio, somos os donos da verdade. Os golpistas precisam ser alijados do mapa. O capitão e seus recrutas com os coturnos sujos de sangue precisam entender que perderam. E que podemos transformar um Brasil que clama por amor e paz vibrantes.

Este 8 de janeiro de 2024 é um dia de reflexão. Desde que o sol despontou no horizonte levando escuridão aos golpistas, renovou-se a sensação de liberdade, de dias melhores, de esperança refletida em cada rosto. Nossas ruas estão amanhecendo com vida colorida, à medida em que as pessoas voltam às suas rotinas diárias sem temer a ameaça do nazifascismo.

Há um ano vivemos um dia incomum. O 8 de Janeiro deixou uma marca indelével na memória coletiva do país. Naquele dia as manchetes estampavam um fenômeno terrorista incompatível para nosso povo. Mas eis que, firme, Lula fez desabar uma chuva de estrelas cadentes iluminando o Céu e nossas almas.

Encantado, o povo, então oprimido, abriu as janelas, as portas, viu, ouviu e seguiu acompanhando a banda que passava entoando o hino da liberdade. Nas redes sociais as imagens de vândalos começaram a ser superadas pela resistência heroica do povo. O imprevisível foi derrotado por uma beleza por mais efêmera que fosse, pois o terror foi passageiro. A democracia, enfim, venceu.

No entanto, a atmosfera de encanto ainda tem contornos perigosos. É preciso estar atento e forte, sem medo de temer a morte, se necessário for, para que o grito de liberdade jamais seja silenciado.

Teorias da conspiração precisam ser cortadas pela raiz. É hora de dar um basta na filosofia pregada pelos seguidores de Hitler e Mussolini.

Dentro desse clima de introspecção, alguns líderes políticos aproveitaram a oportunidade para fazer declarações sobre a importância da unidade nacional e do trabalho conjunto para superar os desafios. No entanto, a recepção dessas mensagens variou, refletindo a diversidade de opiniões e sentimentos presentes na sociedade brasileira.

Enquanto o dia 8 de janeiro de 2023 chegava ao fim, a estrela de Lula continuava a brilhar em meio às trevas que se dissipavam. Adormecemos e acordamos com a promessa de um novo amanhecer e a certeza de que aquele dia singular tinha ficado para trás. O momento exige reflexão sobre nosso passado, presente e futuro.

Reitero. Precisamos estar atentos e forte para combatermos, unidos, os riscos associados a um governo de extrema-direita. As ameaças da extrema-direita são latentes e podem estar associadas a diferentes cenários.

Devemos repudiar um governo de extrema-direita que tende a adotar políticas autoritárias, limitando a liberdade de imprensa, restringindo a liberdade de expressão e diminuindo os direitos civis. Isso provoca o enfraquecimento das instituições democráticas e à concentração excessiva de poder nas mãos do governante, seja ele Bolsonaro ou um dos seus seguidores.

Não podemos admitir a intolerância e a discriminação. As tendências extremistas discriminam as minorias étnicas, religiosas e de opção sexual. No Brasil não cabe mais discriminação, segregação e violações dos direitos humanos.

O nacionalismo exacerbado dos seguidores do ‘mito’ resulta em políticas agressivas em relação a outros países e grupos étnicos. Isso pode aumentar as tensões internacionais, levar a conflitos e macular, de novo, nossa imagem lá fora.

A extrema-direita é perigosa. Ela age para favorecer políticas econômicas que beneficiam as elites e corporações, resultando em desigualdades econômicas e sociais mais profundas. E isso leva ao aumento da pobreza e da desigualdade social.

Nossas vastas florestas viviam sob a ameaça de um lança-chamas. A negligência ambiental é sonho de consumo da extrema-direita. É um governo que prioriza interesses econômicos sobre a sustentabilidade ambiental. As consequências negativas para o meio ambiente e para as gerações futuras são incontestáveis. Não podemos mais permitir que voltem para abrir a porteira e deixar a boiada passar.

A extrema-direita promove uma polarização social, dividindo a sociedade em grupos conflitantes e exacerbando as divisões existentes. Com isso, cria-se um clima político e social tenso e propenso a conflitos.

Os mentores golpistas precisam passar o resto dos seus dias atrás das grades. A partir do momento em que eles começarem a ver o sol nascer quadrado, haverá a certeza de que o Brasil estará respirando ares de liberdade.

O bolsonarismo morreu, mas ainda não foi enterrado. Porém, caminhando e cantando, teremos forças para erguer as alças do caixão. E para evitar riscos da ressurreição, mandar para um crematório. Até porque, renascer das cinzas, como a Fênix, é mera mitologia. E de mitos, estamos de saco cheio.

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