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Aperta e confirma

Indeciso, definido, indiferente. Como anda o eleitor brasileiro?

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Autor/Imagem:
João Moura*/Especial para Notibras - Foto de Arquivo

Pesquisadores querem levantar a opinião das massas, e não de uns poucos extremistas. Porque extremistas, nesse pleito de 2022, é o que mais temos no Brasil pandêmico (social, econômico, político…).

Dados estatísticos projetados pelo Estadão estimam, a partir de pesquisas recentes, quem lidera a corrida para a Presidência da República nas diferentes unidades federativas:

🔴 Lula (15 Estados): AL, AM, AP, BA, CE, ES, MA, MG, PA, PB, PE, PI, RN, TO e SE.

🔵 Bolsonaro (7 Estados + o DF): AC, DF, MS, MT, RO, RR, PR e SC.

🤔 indefinidos (indecisos ou isentos) (4 Estados): GO, RJ, RS e SP

Os grupos já estão formados. E você, leitor-eleitor, a qual grupo pertence – definidos, isentos ou indecisos-indefinidos?

Já foi dito que quando as pessoas se aglomeram numa multidão, não importam os indivíduos que a componham, nem quão semelhantes ou diferentes sejam os estilos de vida, ocupações, personalidade e inteligência; o fato de terem se transformado em multidão confere-lhes uma espécie de mente coletiva, que os faz sentir, pensar e agir de maneira muito diversa de seu modo de sentir, pensar e agir como indivíduos, ou seja, caso tivessem continuado isolados.

Ao se decidir, as pessoas mudam quando se juntam à multidão. E, àqueles que não se definem, se isentam ou permanecem indecisos, também lhe são reservados uma fatia do resultado dessas eleições de 2022. No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade – seria a indecisão?! – em tempo de crise. Afinal, a isenção e a indecisão – como definição, são as maneiras mais covardes de apoio ao mais forte.

Nossa sociedade glorifica a liberdade e o livre-arbítrio. Porém, é preciso decidir-se, juntar-se a um grupo com um líder para chamar de seu e manter-se coeso e leal aos seus princípios ou aos do líder, pois está provado que um grupo sem líder não se mantém coeso e dissolve-se.

As pessoas oscilam entre sentimentos opostos, de angústia e júbilo, pânico e segurança. Mas, nenhum grupo pode protegê-las, principalmente quando seu líder, subjugado pelas emoções, perde a independência política que tanto propagava em campanha eleitoral.

A maioria dos participantes de grupos age com base no princípio do “macaco vê, macaco faz”.

Pesquisa de opinião política-eleitoral é um estudo de psicologia de massa. É parte ciência e em parte arte.

O eleitor, antes de apertar o confirma na urna eletrônica, deve, muito antes, identificar qual dos candidatos tem um programa de governo coerente com tendências politicas como uma ciência; e qual candidato é somente arte (politica eleitoreira). Lembrar-se que um foguete não deve cair de volta na plataforma de lançamento.

E, principalmente, não votar na sobra do resto. Que o eleitor seja sempre o candidato de maior valor nessas eleições que se aproximam.

*Professor aposentado e filósofo enquanto mente houver

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