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Maduro a perigo

Intervenção militar da OEA ronda a Venezuela

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) ameaçou uma intervenção militar na Venezuela para restaurar a democracia e aliviar a crise humanitária do país, unindo-se dessa forma a uma ideia lançada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O uruguaio Luis Almagro fez um alerta durante uma visita à fronteira da Colômbia com a Venezuela, na qual ele também denunciou a “ditadura” socialista do presidente Nicolás Maduro por estimular uma crise migratória em toda a região.

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“Com respeito a uma intervenção militar para derrubar Nicolás Maduro, não devemos descartar nenhuma opção”, disse Almagro em uma conferência de imprensa na cidade colombiana de Cúcuta. “O que esse regime está cometendo são crimes contra a humanidade, a violação dos direitos humanos e o sofrimento das pessoas no êxodo induzido, que está impulsionando ações diplomáticas em primeiro lugar, mas não devemos descartar nenhuma ação.”

Almagro tem sido um dos principais críticos de Maduro na América Latina, mas até agora não tinha se mostrado disposto a ir tão longe quanto o presidente dos EUA, Donald Trump, que no ano passado levantou a possibilidade de uma “opção militar” contra Maduro. Em várias reuniões com assessores e líderes latino-americanos no ano passado, Trump também discutiu o possibilidade de uma invasão norte-americana da nação sul-americana.

No caso de Almagro, a ameaça de uso de força militar é especialmente surpreendente, dada a sua condenação ao apoio ofertado à invasão norte-americana da República Dominicana em 1965 para tirar do poder um presidente democraticamente eleito, mas pró-Cuba. A invasão, realizada em nome da OEA, deixou milhares de mortos e um sentimento da América Latina contra a ideia de voltar a usar força contra uma nação soberana. Em 2015, Almagro pediu desculpas pelo papel da OEA na invasão, dizendo que esse tipo de evento não deveria se repetir.

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