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Páginas de um livro

Lá onde a brisa canta, não há tempo, não há adeus… apenas almas entrelaçadas

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Lá, onde a brisa murmura canções,
os olhos da alma permanecem abertos.
Onde o amanhecer se curva em um beijo à flor,
e o sol, qual amante ardente,
derrame seu fulgor num abraço eterno.

A vocês, almas que me leem,
que, em cada dia, tornam-se luz,
iluminando as palavras que brotam do meu ser:
dedico este suspiro.
Esta brisa que nos une,
sem fronteiras, sem tempo.

Sussurros nascem em ventos cálidos,
melodias desenham folhas dançantes,
e em cada verso que ressoa,
em cada palavra pulsante,
os ecos dos seus corações se revelam:
pensamentos e sonhos entrelaçados.

Pois vocês não são meros leitores;
vocês dão vida aos meus versos,
tecem a fibra da alma que conecta nossas vozes,
num abraço infinito,
num pacto inquebrável,
vivido, sentido, respirado.

Lá, onde o ar se transforma em poema,
e a alma funde-se ao universo,
vocês são a resposta,
a chama que ilumina meu caminho,
o farol que me guia
nas noites mais profundas.

A brisa é invisível, sem rosto,
mas em cada um de vocês ela reflete-se:
espelhos de uma mesma verdade,
descoberta em cada palavra,
em cada sussurro que ascende,
convertido em melodia.

Porque lá, onde a brisa canta,
não há distância entre nossas almas.
Há o eco compartilhado do sentir,
o toque das vozes na quietude
de momentos eternos,
vividos juntos, mesmo sem nos vermos.

Nos balanços dos seus olhares,
em cada leitura, em cada gesto,
encontro uma alma que não busca compreensão,
mas deseja ser tocada.
E quando tocada, o vento canta.

Quando o entardecer veste-se de ouro
e a brisa brinca com o mar,
sei que você está lá,
lendo, sentindo, respirando
o mesmo ar que invade meu ser,
como se o vento fosse nosso elo
além das palavras.

Naquele murmúrio profundo,
onde habita a alma do leitor,
a centelha transforma-se em chama,
e no exato instante em que as palavras
tocam seu coração,
faíscas tornam-se fogo,
uma luz que ilumina meu caminho.

E se, na noite, a alma treme,
se o silêncio pesa sobre a pele,
basta fechar os olhos,
escutar a doce dança da brisa que compartilhamos.
Essa brisa nunca perece,
sempre retorna,
como um suspiro eterno,
como sopro de vida:
sempre vida.

Lá, onde a brisa canta,
não há tempo, não há adeus.
Há almas entrelaçadas
num canto invisível do vento.
Distâncias deixam de existir,
o amor pelas palavras é tudo o que permanece,
o único sopro que nunca morre.

E a vocês, almas que me leem,
ofereço esta poesia,
que vai além de um verso,
transcendendo a mera carta.
É o meu ser.
Minha alma viva,
entregue a vocês.
Juntos,
em cada palavra inspirada,
onde somos, enfim, uma poesia escrita e mandado ao mundo.

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