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Caixa Econômica e Buriti

Magela planta matéria com semente podre e Lula diz não

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José Seabra - Diretor Editor/Foto Reprodução

A aliança da turma do pequeno sobrado, conhecida como Buripetistas, com os Paturebas (aqueles que vieram de Patos de Minas) acaba de provocar mais um novo estrago no PT brasiliense. Para piorar a situação, novos aliados desses grupos, os autodenominados Cucumis, estão tentando triturar em liquidificador um fóssil fruto de metuliferus, duro como uma rocha, para transformar em uma jarra de suco. Tudo isso acontece precisamente no meio do caminho da intervenção na Segurança Pública de Brasília.

Nessa intervenção, diz-se, trabalha-se e pensa-se muito, sem que haja tempo para jantar ou degustar uma taça de cabernet. Esse cenário transporta à expressão pensando morreu um burro, originariamente árabe. Vem de uma fábula sobre um camelo que, após cavalgar a ermo pelo Saara, já exausto, encontrou um oásis. Faminto, sedento e indeciso, o primo do dromedário pôs-se a pensar se primeiro mataria a sede ou a fome, e vice-versa. Com a cabeça em órbita sob um sol escaldante, não fez isso nem aquilo. E morreu.

Os Cucumis vêm de uma planta literalmente rasteira, que serpenteia como cobra venenosa. Suas sementes brotam com facilidade, inclusive em terras do sertão nordestino, desde que cultivadas com mãos limpas. A polpa da fruta tem 80% de água. Talvez por isso, os Buripetistas, os Paturebas e os próprios Cucumis tenham se sentido à vontade para irem com muita sede ao pote.

É justamente isso, algo como uma ação fraticida, que está acontecendo em Brasília. Os Buripetistas, já com pés no Buriti, na Corte de Contas e nas empresas públicas distritais, desejavam mais poder e bateram de frente com Flávio Dino, exigindo indicar o futuro secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A ingerência foi rechaçada e o grupo escorraçado do Ministério da Justiça. O ministro mostrou, assim, que não é manipulável, muito menos manso.

Depois chega Geraldo Magela, o Patureba, plantando matérias em sites e veículos impressos, anunciando ter sido o nome escolhido por unanimidade dentro do PT para a vice-presidência de Gestão de Governo da Caixa Econômica Federal. A área lida diretamente com estados e municípios, principalmente em projetos de financiamento de saneamento básico, educação e casas populares.

Mas, como a semente usada por Magela era a de um melão apodrecido, Lula disse não. Mesmo porque, o presidente fora alertado que o ex-deputado pelo PT de Brasília tivera uma malfazeja passagem que contribuiu para enterrar o Banco Popular, instituição de crédito criada por Lula para servir de válvula de escape para o segmento de baixa renda.

Por fim, a ação dos Cucumis. Esse grupo, sabe-se lá atendendo a quais interesses, decidiu nas últimas horas resgatar notícias veiculadas há 15 dias, repicando a informação de que Ibaneis Rocha garantira no sábado, 7, que os atos terroristas na Praça dos Três Poderes, no domingo, 8, seriam pacíficos. Foi com essa certeza, recordou-se neste domingo, 22, que o governador afastado liberou a turba então acampada no QG do Exército.

Associar Ibaneis de novo àqueles episódios, quando Brasília começa a voltar à normalidade, é como jogar carniça de gado em banquete de urubu. É coisa de incendiário. E os Bombeiros Militares, também sob intervenção, podem sair rastejando, embrenhando-se nos caules de metuliferus; assim, demorariam a agir, como se incentivados a deflagrarem uma eventual operação tartaruga incapaz de debelar o fogo em tempo hábil. O ideal seria deixar como está para ver como é que fica. Afinal, três meses são apenas 90 dias. E já se passaram 15. Já a definição sobre o nome do secretário pós-interventor, está demorando. Nesse caso, o tic-tac é mais rápido.

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