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Virou fantoche

Mandetta é bucha de canhão na guerra contra Bolsonaro

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Autor/Imagem:
Major-brigadeiro Jaime Sanchez*

O Brasil está refém neste momento de um dilema fabricado pela mídia mal intencionada, desviando a atenção da população do essencial da crise bipolar que estamos atravessando, para focalizar a simples demissão ou não do ministro da saúde, como se isso fosse determinar a erradicação da população brasileira, devido à infestação pelo coronavírus, deixando em segundo plano a ação devastadora que o desemprego em massa já está causando, e irá provavelmente acometer um número infinitamente maior de vítimas.

Essa é uma grave advertência do presidente, cuja ignorância não encontrará justificativas plausíveis para os efeitos danosos que poderá acarretar.

Para não entrar no debate econômico, ressalto apenas que os setores especializados dão conta de que, nos Estados Unidos, cerca de 3,3 milhões de pessoas solicitaram o benefício desemprego durante a semana que terminou em 21 de março, três milhões a mais que na semana anterior e quase 5 vezes superior ao maior número registrado para o mesmo período, em outubro de 1982, que foi de 695.000.

Para não fazer juízo de valor também no aspecto técnico-sanitário da questão, não duvido da capacidade médica ou de gestão do ortopedista e político, Dr. Luiz Henrique Mandetta, mas critico fortemente sua falta de disciplina e desconhecimento total do sentido da palavra subordinação.

Seu ego descomunal não aceita que os governadores e prefeitos, mesmo apoiados por decisões monocráticas e antirrepublicanas da Suprema Corte, descumpram suas orientações, ao passo que ele próprio se sente à vontade para ignorar as do mandatário que o nomeou.

Ressalte-se que os governadores e prefeitos são eleitos e não têm qualquer subordinação ao ministro, ao passo que este está diretamente subordinado ao presidente, que pode nomear ou demitir ao seu arbítrio.

Na verdade, a soberba a falta de ética do ministro tornaram-no uma peça estratégica no jogo de xadrez para derrubar o presidente Bolsonaro, fato sobejamente comprovado ao aceitar uma entrevista, sem permissão do seu comandante, à venosa e endividada rede Globo, principal arma de marketing utilizada sistematicamente contra a atuação do governo, e usar esse reduto inimigo para desfechar setas venenosas contra o presidente, num programa do horário nobre de domingo, que atinge milhões de brasileiros, especialmente os mais humildes, escravos que são da tv aberta e grátis.

Se isso não é parte de uma estratégia política planejada, rasgo meus diplomas dos cursos de Estado-Maior e de Altos Estudos militares da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, da qual fui aluno, instrutor e comandante.

A escalada do partido democratas (DEM), no afã de deixar o papel histórico de coadjuvante e assumir pela primeira vez o poder em 2022, está prostituindo suas origens políticas, para imiscuir-se com o “centrão” mercenário e a esquerda derrotada, na ingênua esperança de obter seu apoio nas próximas eleições presidenciais. Não esqueçam de combinar com os russos.

O governador Ronaldo Caiado, desprezando a verdade de que iria morrer como o eterno “brigão da bancada ruralista”, caso não houvesse surfado na onda Bolsonaro, assume o papel de rebelde sem causa e compra uma briga injustificável com o presidente, unicamente pela condição partidária e de conterrâneo do ministro Mandetta, numa atitude de político bronco e tupiniquim.

Antônio Carlos Magalhães Neto faz seu avô revirar-se de vergonha na tumba, ao vê-lo falar em união com o governador baiano do PT para descumprir as orientações federais.

Tudo isso sob a orientação do morcego chileno, Rodrigo Maia, um pretenso candidato à presidência da república, que já deveria ser um “ficha-suja”, devido a um inquérito aberto no STF desde maio de 2016 e que está sob sigilo.

Nesse mesmo time, joga um pau-mandado chamado Davi Alcalheiros, elevado sorrateiramente do anonimato ao cargo de presidente do senado federal e do congresso nacional, tendo contra ele inquéritos abertos em março de 2017 com a autorização da ministra Rosa Weber, por supostos crimes eleitorais cometidos durante a campanha de 2014, e arquivado pela própria ministra, a pedido da Procuradoria-geral da República.

Com a eventual nomeação de um novo Ministro da Saúde, provavelmente mais alinhado com a visão do presidente em relação à condução da crise, estará configurada a ruptura das instituições: os estados e municípios irão ignorar as orientações federais, apoiados e incentivados pelos presidentes das duas casas do legislativo e baseados em liminares e pareceres do STF.

Nesse grave momento que vive o regime presidencialista brasileiro, previsto na Constituição Federal, confirmado em dois plebiscitos e com um representante eleito pelo povo, o legislativo, o judiciário e parte do próprio executivo, na figura dos governadores e prefeitos, se unem para isolar e inviabilizar esse governo empossado democraticamente pela sociedade, que assiste passivamente a sucuri de duas cabeças apertar seu abraço letal, ignorando que será ela a maior vítima dessa tragédia anunciada.

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.

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*O texto não reflete necessariamente a opinião de Notibras

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