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Mano Menezes sai de cena, chuta o balde e deixa dúvida sobre ‘traíra’

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Mano Menezes deu uma entrevista longa e sincera no dia em que oficializou sua saída do Corinthians, logo depois da vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma que confirmou o time na pré-Libertadores do ano que vem. Sem fugir de quase nenhum tema e fazendo até reflexões sobre a situação atual do futebol brasileiro, o treinador encerrou sua segunda passagem a contragosto e voltou a reclamar da “trairagem” que ainda existe entre os clubes. Só não quis falar se o “traíra” é o ex-presidente Andrés Sanchez.

“Eu não preciso dizer”, disse Mano quando perguntado sobre Andrés. “Essas questões não são importantes mais para mim. Citei que isso existe porque vocês me perguntaram. Mas não vou falar o nome das pessoas, porque não tem sentido falar isso, faz parte da política interna de cada clube, acontece aqui e em outros lugares. Nós do futebol temos que saber conviver com isso. Incomoda, não é bom e não precisa estar presente nas relações. É fundamental a transparência na relação”.

Nos bastidores do Corinthians, a influência de Andrés na não continuidade de Mano Menezes no clube é vista como forte. O ex-presidente e hoje deputado federal, ainda poderoso entre conselheiros e dirigentes, teria “fritado” o técnico internamente. Recentemente, porém, Sanchez declarou publicamente que, por ele, já teria renovado contrato com Mano. A frase foi ironizada até pelo atual mandatário, Mário Gobbi, que disse que falar isso agora, com o time na Libertadores, até sua “sobrinha de cinco anos” consegue.

“Da mesma forma que o presidente Mário Gobbi tem a preferência por mim como técnico, outras pessoas podem ter preferência por outros profissionais. Isso nunca me incomodou, é absolutamente normal. O que foge da normalidade é dizer em um lugar que não quer e em outro lugar que quer. Em um momento dizer que quer, e no outro pedir a cabeça do técnico. Só isso está fora dos conformes e a gente considera, entre aspas, uma ‘trairagem'”, declarou Mano, novamente sem citar nomes.

A justificativa de Gobbi para não renovar com Mano foi que, com seu mandato acabando em fevereiro, ele não pode se comprometer com o treinador sem saber se o próximo presidente o quer no comando do time. A realidade é que Roberto de Andrade, candidato favorito e apoiado por Andrés, não vê Mano como o treinador ideal para o Corinthians.

“Acho que ficou bastante clara a intenção que o Corinthians queria dar para a continuidade do trabalho há um tempo atrás, ou pelo menos as pessoas que possivelmente assumirão na nova administração. Eu entendi dessa forma pela experiência que tenho no futebol, a gente sabe ler bastante nas entrelinhas, embora as pessoas não se posicionem oficialmente. Essa situação está bem clara há bastante tempo. Só queriam que eu falasse, mas então não preciso falar, se ela está clara. Também todo mundo sabe quem queria que eu ficasse e quem queria que eu não ficasse. Então podem dizer, não precisa que eu diga”, encerrou Mano, sem revelar, afinal, a identidade do “traíra”.

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