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Manobra pós-eleitoral coloca chefia do Confea sob suspeita

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Decisões turvas tomadas no Plenário do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (Confea) nesta quinta-feira 27, levantaram suspeitas de mais irregularidades nas eleições para presidentes dos conselhos regionais, os CREAs.

Depois das eleições do último dia 19, os conselheiros da Comissão Eleitoral Federal (CEF) se reuniram para homologar as chapas vencedoras. Rotina regimentalmente normal. Porém, nem todos os eleitos tiveram suas vitórias ratificadas.

Sem nenhuma justificativa dada aos integrantes da CEF, o Confea deixou de homologar a chapa de cinco presidentes eleitos – São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Pernambuco. Coincidência ou não, o fato é de que nesses locais, os eleitos fazem parte da ala de oposição ao presidente reeleito José Tadeu da Silva.

“É um absurdo. Transcorreram (as eleições) com a maior tranquilidade nesses estados. Uma situação lamentável e não estão cumprindo o calendário eleitoral”, criticou um dos conselheiros que participa da comissão. Segundo ele, os votos são computados no mesmo dia e imediatamente o resultado é encaminhado ao Confea.

Um cleptocrata no comando do Conselho há três anos e reeleito para mais um triênio, José Tadeu pôs em prática seu plano de se perpetuar no poder. Com dinheiro do órgão pagou viagens internacionais e diárias desnecessárias para aliados. Mesmo com condenações no âmbito da Justiça Federal e sob investigação pelo uso da máquina administrativa do Confea para interesses escusos, ele conseguiu ser reeleito.

Foi convocada uma sessão extraordinária para decidir o futuro das presidências dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Maranhão e Pernambuco. Não se sabe o que ocorrerá. Um fato, no entanto, é certo: o Ministério Público precisa colocar seus promotores atentos às manobras estranhas dentro do Confea.

Elton Santos

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