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Mar de lama. Assim começou tragédia em Brumadinho

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Imagens de câmeras de segurança que estavam próximas à barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, que se rompeu em Brumadinho na sexta-feira, 25, mostram o momento em que a lama começa a se espalhar. As imagens foram obtidas e divulgadas pelas TVs Globo e Bandeirantes.

No início do segundo vídeo, é possível ver a formação de um paredão de poeira e, em seguida, uma onda de lama avançando. Veículos que estavam na área tentam fugir do local, que é totalmente tomado pelo rejeito de minério de ferro. O desastre ocorreu às 12h29, segundo o horário exibido nas imagens.

O material atingiu a área administrativa da empresa, a comunidade da Vila Ferteco e a pousada Nova Estância. Até a manhã desta sexta-feira, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, a tragédia deixou 110 mortos – 71 deles identificados – e 238 desaparecidos.

O rompimento ocorreu na Barragem 1, que foi construída em 1976, com volume de quase 13 milhões de m³. Segundo a Vale, a barragem tinha encerrado as atividades havia cerca de três anos.

No dia do desastre, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, disse que os funcionários seriam os mais afetados. Ele informou que cerca de 300 funcionários estavam no prédio administrativo e no restaurante da empresa, mas que 100 já tinham feito contato.

Mesmo com as dificuldades para o resgate, os bombeiros continuam as buscas na região afetada pelo desastre. O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, disse nesta semana que ainda está cedo para determinar uma data limite para o encerramento das buscas por vítimas.

Nesta sexta, a corporação prestou uma homenagem às vítimas. O helicóptero Arcanjo lançou flores doadas pela população sobre a região do desastre.

Análises foram feitas nas águas do Rio Paraopeba com amostras coletadas entre os dias 25 (quando o acidente ocorreu) e 29. Foram encontrados valores até 21 vezes acima do aceitável de chumbo total e mercúrio total. Também foi constatada a presença de níquel, chumbo, cádmio e zinco, no dia 26, em um dos pontos de monitoramento. Diante dessa situação, o governo de Minas Gerais desaconselha o uso da água para qualquer finalidade até que a situação esteja normalizada.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que pessoas que tiveram contato direto com a lama da barragem que se rompeu, como bombeiros e voluntários, serão submetidas a exame periódicos para avaliar se foram contaminadas por metais pesados.

Assista ao vídeo:

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