Curta nossa página


Virou moda

Máscara fica como acessório, presa em corrente

Publicado

Autor/Imagem:
Valeriya Safronova - The New York Times

Logo depois que máscaras se tornaram um acessório essencial, os estilistas lançaram suas próprias versões: máscaras feitas de seda, tweed e cetim; decorada com franjas, laços e lantejoulas; para o dia e a noite; para casamentos e comícios políticos.

Quando ficou claro que usaríamos máscaras por um tempo, alguns adicionaram outro elemento: uma corrente ou cordão por segurança (e charme extra).

“É um acessório bacana que combina com os outros colares, mas também é funcional”, disse Karen Perez, cuja empresa, Second Wind, ajudou a catalisar a tendência com correntes de ouro, prata, bronze e acrílico penduradas em máscaras de linho e seda cortadas à mão.

Anteriormente reservados para bibliotecários e pessoas extremamente atléticas, esses retentores têm ganhado popularidade entre os usuários de máscaras elegantes. Designers de joias e outros profissionais da área da moda vêm criando suas próprias peças. Grandes varejistas como J. Crew, Free People, Fossil, Ann Taylor e Banana Republic as vendem e milhares de opções podem ser encontradas no Etsy. Celebridades como Jennifer Lopez, Mindy Kaling, Elle Fanning e Busy Philipps foram vistas usando-as. (Depois de perder várias máscaras de tecido, também me tornei uma entusiasta das máscaras com corrente.)

Lele Sadoughi, que desenha joias e acessórios, começou a produzir máscaras nesta primavera. Depois de um lampejo de inspiração, ela fez sua equipe tirar novas fotos de sua linha de correntes de óculos de sol para mostrar que elas também podiam ser usadas para carregar máscaras.

“Deixamos de vender algumas dezenas por semana para vender centenas por semana”, disse Lele. “É quase um item gerador de um milhão de dólares para nós agora.”

Karen começou a Second Wind no verão, depois de meses vivendo de economias, pois seu trabalho como estilista havia diminuído muito no início da pandemia. Em 21 de julho, ela anunciou uma pré-venda no Instagram, esperando cerca de 100 pedidos. Em 24 horas, ela vendeu 10 mil produtos.

“Eu não tinha esse estoque”, disse Karen. “Eu nem tinha tanto tecido.” Para preparar os pedidos, ela trabalhou 20 horas por dia durante sete semanas, com familiares ajudando pela manhã e à noite.

O burburinho realmente aumentou quando famosos souberam da Second Wind. A deputada democrata de Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez, por exemplo, visitou o estúdio de Karen em agosto. Neste mês, ela usou uma máscara e uma corrente da Second Wind quando fez o juramento para seu segundo mandato no Congresso. Jennifer Lopez também foi fotografada com uma criação da Second Wind. Karen disse que Bloomingdale’s, Amazon e Selfridges estão entre os principais varejistas que pediram para vender seus produtos, mas ela os recusou. Ela não está pronta para escalar seu negócio a esse nível. (Atualmente, Karen trabalha com 40 artesãos e suas irmãs cuidam da logística e do marketing.)

A vida útil de uma máscara com corrente pode parecer limitada, mas Lele acredita que o acessório será útil mesmo quando mais pessoas forem vacinadas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças recomenda que mesmo aqueles que foram vacinados usem uma máscara e se distanciem socialmente por enquanto: os testes mostram que as máscaras são incrivelmente eficazes, e as pessoas ainda podem contrair o vírus e possivelmente propagá-lo enquanto as vacinas fazem efeito.

Mesmo com a queda das taxas de infecção pelo novo coronavírus, Lele está apostando que as pessoas vão querer usar tanto máscaras comuns como essas com correntes em aviões ou no transporte público. Karen disse que a deputada Alexandria fez uma observação semelhante. “Ela disse que continuaria a usar máscara quando não estivesse se sentindo bem”, disse Karen. “É uma forma de mostrar respeito pelas outras pessoas.”

Aconteça o que acontecer no futuro, a empresa de Lele já se beneficiou imensamente de todos os novos clientes que as máscaras e correntes trouxeram. Em 2020, a empresa teve um aumento de 80% nas vendas e cinco vezes mais clientes novos no site do que em 2019. Parte disso veio de pessoas que compraram máscaras e correntes, disse Lele, mas muitos também compraram tiaras ou brincos de pérola para combinar com seus novos acessórios de proteção.

“A demanda de produtos de todas as categorias cresceu”, disse Lele. “Nosso negócio direto realmente explodiu. Tivemos um ano de receita recorde.”

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.